Meus olhos ungidos de Novo,

Sim! - meus olhos futuristas, meus olhos cubistas, meus olhos intersec_

........................................................................................................................cionistas

Não param de fremir, de sorver e faiscar

Toda a beleza espectral, transferida, sucedânea,

Toda essa Beleza-sem-Suporte,

Desconjuntada, emersa, variável sempre

E livre - em mutações contínuas,

Em insondáveis divergências...

- Quanto à minha chávena banal de porcelana?

Ah, essa esgota-se em curvas gregas de ânfora,

Ascende num vértice de espiras

Que o seu rebordo frisado a ouro emite...

...Dos longos vidros polidos que deitam sobre a rua,

Agora, chegam teorias de vértices hialinos

A latejar cristalizações nevoadas e difusas.

Como um raio de sol atravessa a vitrine maior,

Bailam no espaço a tingi-lo em fantasias,

Laços, grifos, setas, ases - na poeira multicolor -.

APOTEOSE.

....................................................

Junto de mim ressoa um timbre:

Laivos sonoros!

Era o que faltava na paisagem...

As ondas acústicas ainda mais a subtilizam:

Lá vão! Lá vão! Lá correm ágeis,

Lá se esgueiram gentis, franzinas corças d' Alma...



>>>>segue>>>>