DICIONÁRIO
TRIPLOV
DE AUTORES

 

CUNHA DE

LEIRADELLA

No TriploV


Casa das Leiras . São Paio de Brunhais
4830-046 - Póvoa de Lanhoso
Portugal
Telefone: 253.943.773 . E-mail: leiradella@clix.pt
URL: http://triplov.com/leiradella/

Sou das serras. Nasci na freguesia de São Paio de Brunhais, no concelho da Póvoa de Lanhoso, no norte de Portugal, quase fronteira com a Espanha, em 16 de novembro de 1934, entre neve, lobos, javalis. E contrabandistas, que ainda os havia naquele tempo. E os meus primeiros vagidos literários foram de poeta. Criminoso venial, felizmente, nunca publiquei os versos em livro. Mas continuei matando letras, primeiro com uma Olivetti Letera 22 e, depois, com um PC 386; hoje transformado numa velocíssima máquina que só não fala javanês. Nem mirandês.

Formado pela General Idea University, com PhD em Miscellanea e outros badulaques, confesso que Eça de Queirós, Miguel Torga, Graciliano Ramos, Lima Barreto, Ernest Hemingway, Dashiell Hammett, Eugène Ionesco, Samuel Beckett e Albert Camus muito me influenciaram. Mas tenho por certo que a vida foi a minha melhor professora.

Malófobo inveterado, aterrei no Rio de Janeiro, Brasil, no dia 21 de abril de 1958 com um lenço branco no bolso, um curso de Direito interrompido e uma cuca prestes a fundir-se. Não fundi a cuca e também não paguei analista. Colaborei no Jornal Portugal Democrático , levado por Adolfo Casais Monteiro, e andei pelo Teatro Tablado , com Maria Clara Machado e Napoleão Muniz Freire.

Com o Teatro de Equipe do Estado da Guanabara montei e dirigi textos meus: Inúteis como os Mortos, Réquiem op. 1 e O homem Calado. Com Amir Haddad e Maria Helena Khünner, em 1965, fundei o TUCA-RIO (Teatro Universitário Carioca). Foi no espetáculo O Coronel de Macambira , dramatização do poema de Joaquim Cardozo, primeira montagem do grupo, que apareceram artistas do porte de Renata Sorrah e Roberto Bonfim, hoje grandes atores do teatro e da televisão brasileira.

Saboreador de um bom cachimbo e de um bom conhaque, fumo cigarros por injunção e sou sócio honorário de todas as fontes magnesianas de Caxambu e arredores. Resido, atualmente, em Belo Horizonte , onde, em 1985, fundei o Sindicato dos Escritores do Estado de Minas Gerais , do qual fui o 1º presidente.

Nasci em Portugal. Mas a minha obra me faz um escritor brasileiro, pois já vivi muito mais tempo no Brasil do que vivi na terra onde nasci. Na prática, se comparada a velocidade dos jatos da TAP com as caravelas do Pedro Álvares Cabral, quase fui companheiro de viagem do Pero Vaz de Caminha, ou não tivesse avistado o morro Pão de Açúcar há quase 45 anos.

Embora os meus escritos juntem no mesmo balaio alguns romances, alguns contos, algumas peças de teatro, alguns roteiros de cinema e televisão e até alguns prêmios literários, foi no Teatro que tudo começou. Lá na cidade do Porto, em Portugal. Eu tinha 18 anos, preparava-me para entrar na Faculdade, e, por incrível que possa parecer, nunca tinha assistido um espetáculo de teatro. Como a maior parte da minha geração, infelizmente.

Naquela época, início dos anos 50 e auge da ditadura salazarista, o Teatro Português era o que se poderia chamar de teatro absolutamente sui generis . A não ser as companhias de revistas, que montavam espetáculos de variedades onde a alta burguesia ia rir da desgraça dos outros, ou os teatros oficiais, que montavam dramas históricos onde os próceres do governo desfilavam fraques e cartolas (e mandavam desfilar as amantes), os poucos autores que ainda escreviam textos teatrais, não escreviam textos teatrais. Escreviam textos literários. E escreviam textos literários porque eram mais lidos do que encenados.

Num país onde os jornais só podiam circular depois de visados pela famigerada Comissão de Censura, a maioria desses textos não subia aos palcos. Ou era engavetada ou publicada em forma de livro. E publicada, assim, só quando a censura permitia. Qualquer texto que não cantasse loas ao regime ou à santidade do misógino fradinho de Santa Comba Dão, o destino era a gaveta. Ou a prisão do autor, se tentasse publicá-lo por conta própria, uma vez que as editoras também eram censuradas.

Foi neste cenário que, em 1953, Antônio Pedro, dramaturgo, artista plástico e personalidade central do surrealismo português, com uma breve passagem pelo Brasil no início da década de 40, chegou à cidade do Porto para assumir a direção artística do recém-fundado T E P - Teatro Experimental do Porto. E com duas funções muito importantes: dirigir espetáculos e realizar os primeiros cursos de teatro que apareceram na cidade. A novidade foi tanta, não apenas pelos cursos em si, mas, e muito mais, pelo seu conteúdo inovador, que, de um dia para o outro, a secretaria do T E P entupiu de matrículas.

A primeira peça dirigida por Antônio Pedro, no Porto, foi o coral de Léon Chancerel, A Gota de Mel . E foi A Gota de Mel o primeiro espetáculo de teatro que assisti, levado por uma amiga, aluna dos cursos dele. E foi também aí que o bicho-carpinteiro do Teatro me pegou. E pegou-me de um jeito que pareceu até revelação.

Chegamos cedo. Eu, curioso para ver o que o que seria aquilo, e ela, impaciente para me apresentar ao professor. Mas, feitas as apresentações, mal deu para conversar. O espetáculo começava dentro em pouco e o Antônio Pedro, seguido da minha amiga, foi cuidar dos últimos preparativos. Solto no palco e, valha a verdade, sem saber o que fazer, fui espiar o público por uma abertura da cortina. Eu não sei o que pensa um boi quando olha para um palácio, mas nunca esqueci o que pensei quando vi aquele montão de gente sentada, caladíssima, esperando começar o espetáculo: gente, como deve ser fácil enganar este povo .

E era. E era tanto que, uns quinze dias depois, mostrei à minha amiga, manuscritas, meia dúzia de folhas de papel almaço. Ela leu, disse, eu sabia que você ia gostar, e mostrou a arenga ao Antônio Pedro. Não sei se por causa dela, uma das louras mais bonitas que conheci nos meus tempos de estudante, ou pela coisa em si, o fato é que o Antônio Pedro me mandou chamar e me fez retrabalhar aquela arenga até ficar toda legível.

Não me lembro sequer do título, mas me lembro que, sete anos depois, já no Brasil, aquela arenga me serviu de base para escrever o que ficou sendo a minha primeira peça de teatro: Réquiem op. 1 . Que foi montada no Rio de Janeiro em 1964, por um grupo experimental, um ano depois da minha estréia nos palcos cariocas com Inúteis Como os Mortos .

Vim para o Brasil com 23 anos. Como imigrante. O que significa dizer, com visto permanente. Naquela época, Portugal, um país menor do que o Estado de Santa Catarina, era mais vigiado do que virgem querendo pular a cerca em baile de Carnaval. Até o ar que a gente respirava era controlado pela P I D E, a tenebrosa polícia política da ditadura, que atendia pelo pomposo nome de Polícia Internacional e de Defesa do Estado.

Com tudo vigiado, até sonhos e pensamentos, não era de admirar o tamanho das filas dos peixes fora de água, só esperando abrir a menor brecha que fosse na vigilância das fronteiras. E eu, como a maior parte da minha geração, gostava mais de ar puro do que daquele ar condicionado às vontades do misógino fradinho de Santa Comba, o todo poderoso primeiro-ministro Antônio de Oliveira Salazar.

Cheguei ao Rio de Janeiro no dia 21 de abril de 1958, e o que mais me espantou não foi a altura dos arranha-céus da Avenida Rio Branco, nem as mulheres fumando na rua. Foi a capa de uma revista exposta numa banca de jornais. A revista chamava-se Maquis e, se é que a memória não me falha, a manchete dizia que valiam mais as pernas tortas do Garrincha, jogador de futebol, do que a cabeça do presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira. Para quem, como eu, vinha de um país onde a única liberdade permitida era ir à missa aos domingos e comungar na sexta-feira da Paixão, a capa daquela revista foi a primeira imagem que vi do Paraíso.

Só que, no auge da euforia, esqueci que o materialismo dialético já tinha sido inventado e que cada força que se desenvolve gera sempre o seu oposto. E, aí, na madrugada do dia 1º de abril de 1964, o ar puro que eu respirava fazia seis anos foi, novamente, transformado em ar condicionado às vontades de terceiros. Aqueles militares que, em nome de um modelo democrático brasileiro, o envenenaram por mais de 20 anos.

Apesar de ter vivido sempre em países não muito tecnologicamente avançados, tirando aqueles seis primeiros anos tropicais, sempre respirei um ar muito bem condicionado. Só que o condicionador não era eu e o condicionamento me asfixiava. E asfixiou tanto, que influiu terrivelmente no meu metabolismo. E tão terrivelmente, que as seqüelas, ainda hoje, permeiam a minha obra. Todos os meus personagens são angustiados, anseiam por liberdade e não conseguem comunicar-se. Mesmo quando o que escrevo são comédias, e o público ri dos absurdos.

Se tivesse que dar um exemplo de como essas três características são expressas na minha obra, poderia dizer, e penso que sem a menor margem de erro, que a angústia é o motivo condutor dos romances O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior e A Solidão da Verdade , que a incomunicabilidade é o motivo condutor da peça de teatro O Homem Sentado e do conto Síndrome da Diferença Improvável , que o anseio por liberdade é o motivo condutor do conto Os Homens e os Outros e da peça de teatro Judas , e que o roteiro cinematográfico O Circo das Qualidades Humanas é a súmula de todas elas.

Só que, roteiros cinematográficos, e qualquer roteirista sabe disso, não são, propriamente, exemplos dignos de muita fé. Quando muito, servem apenas como lingüiça para encher um currículo; pois, a maior parte das vezes, o que a gente escreve não aparece nas telas. Mas isso é outra história, embora, infelizmente, não conhecida por todos.

Apesar do que já disse, na verdade, não sei falar da minha obra. Não porque, ao falar dela, tenha que falar de mim. Falar de mim é fácil. Identidade e Registo Central de Contribuinte , Pessoa Singular, e pronto. Tudo que precisa ser dito foi dito. Agora, falar dos personagens que crio e dos mundos em que eles vivem, não basta só identidade e registo Por isso, por mais versões que faça da cada texto, e faço muitas pois sempre penso que ainda falta alguma coisa, quando tento explicitar o que escrevo, acho que nunca digo o que, realmente, deveria. E essa sensação de falta me incomoda. Se pudesse, reescrevia tudo e não falava nada.

Mas, uma coisa é o que se acha, e outra é o que nos deixam achar. Por isso, às vezes, prefiro surpreender-me com as minhas próprias idiossincrasias a ser surpreendido pelas as idiossincrasias dos outros. Certa vez, fui chamado por uma Faculdade de Letras para falar sobre um conto, exatamente, o Síndrome da Diferença Improvável ; que se passa em Salvador, na Bahia, num pretenso encontro de escritores. Lidas e relidas as pouco mais de meia dúzia de páginas, julguei-me preparado para o que, pensava eu, iria ser uma sabatina sobre as causas do desencontro existencial de Eduardo e Andréa, os dois protagonistas do conto.

Como a ação decorre num boteco de beira de praia, que conheci numa das viagens que fiz a Salvador, mesas de tampo de cimento, troncos enterrados no chão de terra, servindo de bancos, e lâmpadas penduradas nas palmeiras, procurei descrever o melhor possível aquela tão específica cor local. E uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a forma como o garçom anotava os pedidos das bebidas. Não usava comandas. Com um toco de giz, riscava cruzes e traços horizontais no tampo da mesa. Uma cruz do meu lado, um uísque. Um traço horizontal do lado da minha companheira, um gin-tônica. Achei aquilo tão curioso que não mudei sequer as vírgulas.

Alunos, e eu, na maior expectativa e a senhora faz a minha apresentação. Faz a minha apresentação, assim, entre as muitas coisas que disse, invocou até Barthes e Lacan para justificar as cruzes do lado do homem e os traços horizontais do lado da mulher. Nada mais, nada menos, do que o masculino penetrando o feminino. Assustado com aquela justificativa da falta das comandas, interrompi a senhora e expliquei que nada havia de intencional nas cruzes e nos traços horizontais. Eram apenas cópia do que tinha visto no boteco. Espantada, a senhora olha-me, abana a cabeça, e, com o mais perfeito gesto Antígona decidida a enterrar Polinices, volta-se para a turma e fuzila: Eis o caso típico de mais um autor que não sabe, sequer, interpretar a própria obra (e meteu o pé naquele mais). Se eu sempre pensei que nunca dizia o que devia ser dito, é fácil imaginar como me senti depois daquele fuzilamento. Por isso, repito, não sei falar da minha obra. Mas, como já disse algumas coisas, agora só resta continuar.

Apesar de ter nascido nas montanhas e me ter criado à sombra de florestas de pinheiros, sou, essencialmente, um escritor urbano. O único texto que escrevi totalmente fora do asfalto citadino foi um conto. Os Homens e os Outros , que se passa, exatamente, na terra onde nasci. De resto, foi sempre do asfalto das cidades que retirei a essência e a vida dos meus personagens. Por vezes, eles nascem até nas montanhas e se criam também à sombra de florestas de pinheiros, como eu nasci e me criei. Mas sempre vêm sufocar ou morrer nos engarrafamentos das cidades. Como vivo numa grande cidade, e sempre vivi em cidades grandes, e não sei escrever sobre o que não conheço pessoalmente, o meu horizonte criativo termina onde terminam os asfaltos.

O que não quer dizer que os homens e mulheres que vivem fora das metrópoles sejam diferentes. Quando Tolstoi escreveu na primeira frase do romance Ana Karenina , todas as famílias felizes se parecem, as infelizes não , não quis dizer que só a felicidade iguala os seres humanos. Quis dizer que, como escritor, o conflito lhe interessava mais do que a harmonia. Apenas isto. Em essência, apesar de cada ser humano ser um universo em si mesmo, todos são iguais. Todos se angustiam, todos anseiam por liberdade e nenhum deles consegue comunicar-se. A diferença reside, apenas, nas causas da sua angústia, da sua sujeição e da sua incomunicabilidade.

Claro que eu invento personagens. Se apenas escrevesse sobre mim, ou apenas tirasse de mim os meus personagens, a minha literatura seria o maior rosário de lamentações que se possa imaginar. Mas, mesmo quando invento, a invenção é fruto do ambiente que me cerca. E o ambiente que me cerca é esta cidade onde vivo, como também foram as outras cidades onde vivi. Por isso sou um escritor urbano.

Não sou um criador de enredos. Sou um criador de situações e de climas. É o interior do ser humano que fornece a argamassa com que construo a minha obra. Por isso me interessa mais o que ficou atrás da porta do que o que acontece na sala. E nos Apontamentos Para um Teatro de Questionamento manifesto, claramente, essa condição: Os meios de comunicação tornaram o mundo tão pequeno que os homens estão nas portas de todas as casas e podem conversar com todos os moradores. Mas a comunicação é inversamente proporcional à comunicabilidade. Quanto mais informações me fornecem menos eu me comunico. Mais dirigido me sinto. Com o mundo menor do que a Abdera onde nasceu Protágoras, dizem-me que estou no centro de tudo. Que posso saber tudo. Mas eu não sei. Sei, apenas, o que e como. O que está acontecendo e como está acontecendo. Mas por que está acontecendo? Para mim, o que acontece nas histórias ou como as histórias acontecem, é apenas cenário. A paisagem que enfeita o que se vê. O tão decantado realismo do preto no branco. Ou as cores maravilha das novelas da televisão.

Como disse, não sou um criador de enredos. Não sei escrever comédias de costumes ou livros de aventuras. O que não significa, evidentemente, que as comédias de costumes não sejam bom teatro e os livros de aventuras não sejam boa literatura. Pelo contrário. Tanto me delicia assistir uma boa comédia de costumes quanto ler um bom livro de aventuras. Eu é que não sei escrever esses textos. E, por não saber escrevê-los, por ser apenas um criador de situações e de climas, é que me interessam mais as causas, os por que as histórias acontecem. É por isso que, entre o ato e o fato, procuro sempre, e procuro desesperadamente, o que aconteceu antes do ato. O que está atrás da porta enquanto o pau quebra na sala.

Daí, a minha literatura ser uma constante busca da verdade. Não da verdade oficial, da verdade coerciva, da verdade que pode ser mentira mas é verdade porque assim o diz a maioria, e, muito menos, da minha própria verdade. A verdade que eu procuro são os porquês, as causas determinantes dos atos de cada um. E como nunca, ou muito raramente, a encontro, vivo como vivem os meus personagens: mergulhado na angústia, odiando a sujeição e incapaz de me comunicar.

O Eduardo da Cunha Júnior, personagem da maioria das minhas obras, que já foi um vendedor de livros em Inúteis Como os Mortos , que já foi um executivo em O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior , que já foi um dramaturgo em Guerrilha Urbana , que já foi um jornalista em Cinco Dias de Sagração , que já foi um engenheiro em O Circo das Qualidades Humanas , que já foi tantas e tantas coisas em tantos e tantos textos, é exatamente como eu, apesar de eu não ser como ele. E eu não sou como ele porque ele consegue ser, ao mesmo tempo, tudo que eu não gosto de ser e sou, e tudo que gostaria de ser e não sou. Coisa simples de entender, dado que o criador, apesar de criar a criatura, não se pode criar a si mesmo. Infelizmente.

Para terminar, apenas porque a minha iniciação literária aconteceu com textos teatrais, algumas considerações práticas para quem desejar fazer teatro. Fazer teatro, é igual em qualquer país, por mais adiantado ou atrasado, ou politicamente correto ou incorreto que possa ser.

Coisa simples. Ou você escreve seus próprios textos e os tranca na gaveta, pois não existem dramaturgos, isto dizem os produtores que têm dinheiro e importam peças americanas para enganar os trouxas da paróquia, ou você tem seu próprio dinheiro e não precisa fazer nada. É só pagar a quem possa escrevê-los e montá-los. Claro que, e isso todo mundo sabe, fazer teatro não é só escrever e montar textos. É preciso que haja público que os assista. Mas esse problema também é fácil de resolver. Ou você é amigo dos amigos de quem manda na mídia, e vira gênio de um dia para o outro e o público correrá para assistir a sua peça, ou você tem seu próprio dinheiro e também não precisa ter amigos. É só comprar espaço nos meios de comunicação, que vira gênio do mesmo jeito e o público também correrá da mesma forma.

Como se vê, escrever é o de menos. A condição sine qua non , como muito bem disse o filósofo Sêneca quando o imperador Nero mandou montar o seu Édipo , é ter dinheiro suficiente para comprar o necessário. O resto são meros detalhes para doutorados acadêmicos & associados periféricos.

 
 

 

PEÇAS DE TEATRO

 

- Inúteis como os Mortos (Estreada no Rio de Janeiro em 1963)

- Réquiem op. 1 (Estreada no Rio de Janeiro em 1964)

- O Homem Calado (Estreada no Rio de Janeiro em 1965)

- As Pulgas (Estreada em Belo Horizonte em 1983, em Lisboa em 1990, e no Rio de Janeiro em 2001)

- As Pulgas (Publicada pela Hamdan Editora em 1998)

- Laio ou o Poder (Estreada em Belo Horizonte em 1984)

- O Homem Sentado (Estreada em Belo Horizonte em 1987)

- Cor Local (Estreada em Belo Horizonte em 1988)

- Judas (Publicada pela Editora Rona em 1992)

- Judas (Leitura Dramática em Belo Horizonte em 1996)

- Balancê Balançado - Inédita

- Brazilian Way Of Life - Inédita

 
 
 
 
 
 

OBRA LITERÁRIA

ROMANCES

- Sargaços (Editora Shogun, Rio de Janeiro, 1984)

- O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior (Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1987)

- Guerrilha Urbana (Editora Clube do Livro, São Paulo, 1989)

- Cinco Dias de Sagração (Editora Record, Rio de Janeiro, 1993)

- A Solidão da Verdade (Trinova Editora, Lisboa, 1996)

- Cinco Dias de Sagração (Trinova Editora, Lisboa, 1998)

- Apenas Questão de Método (Editorial Caminho, Lisboa, 2000)

- Apenas Questão de Método (Quartet Editora, Rio de Janeiro, 2001)

- Os Espelhos de Lacan (Editora Ciência Moderna, Rio de Janeiro, 2004)

- Apenas Questão de Gosto - (Editora Ciência Moderna, Rio de Janeiro, 2005)

 
ALGUNS PRÊMIOS NA ÁREA DE ROMANCE

- VENCEDOR do Prêmio Fernando Chináglia , Rio de Janeiro, com O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior em 1981

- VENCEDOR do Prêmio Nacional Clube do Livro de Literatura , São Paulo, com Guerrilha Urbana em 1988

- VENCEDOR do Prêmio Instituto Nacional do Livro , Brasília, com O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior em 1988

- MENÇÃO ESPECIAL do Prêmio Otávio de Faria , Rio de Janeiro, com Cinco Dias de Sagração em 1994

- VENCEDOR do Prémio Caminho de Literatura Policial , Lisboa, com Apenas Questão de Método, em 1999

 
CONTOS

- Histórias Mineiras (Antologia Coletiva - Editora Ática, São Paulo, 1984)

- Quer que eu te Conte um Conto? (Antologia Coletiva - Editora Achiamé, Rio de Janeiro, 1984)

- Contos da Terra do Conto (Antologia Coletiva - Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1986)

- Jovens Contos Eróticos (Antologia Coletiva - Editora Brasiliense, São Paulo, 1987)

- Flor de Vidro (Antologia Coletiva - Editora Arte Quintal, Belo Horizonte, 1991)

- Fractal em Duas Línguas (Antologia Pessoal - Governo do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 1997)

- Síndromes & Síndromes (e conclusões inevitáveis) (Antologia Pessoal - Editora Relume Dumará, Rio de Janeiro, 1997)

- Vozes de Atenas (Antologia Coletiva - Via Sete Editorial, Rio de Janeiro, 2000)

- Dois Zero Zero Zero (Antologia Coletiva - Editora Komedi, São Paulo, 2000)

- Contos do Minho (Antologia Coletiva - Editorial Ave Rara, Póvoa de Lanhoso, 2003)

- Histórias para um Natal (Antologia Coletiva - Editora Labirinto, Fafe, 2004)

- O Que Faria Casanova? - Inédito
 

 

ALGUNS PRÊMIOS NA ÁREA DE CONTO

 

- VENCEDOR do Prêmio Plural , Cidade do México, com O Homem que já Sabia em 1987

- VENCEDOR do XX Concurso de Contos de Paranavaí , Paranavaí, com Inúteis como os Mortos em 1988

- VENCEDOR do Prêmio Plural , Cidade do México, com Inúteis como os Mortos em 1990

- VENCEDOR do Prêmio Cruz e Souza , Florianópolis, com Fractal em Duas Línguas em 1995

- VENCEDOR do Prêmio Terras de Lanhoso , Póvoa de Lanhoso, com Os Homens e os Outros em 1997

 
 

 

 

ALGUNS PRÊMIOS NA ÁREA DE TEATRO

 

- VENCEDOR do I Concurso de Textos Teatrais Rede Globo/APATEDEMG , Belo Horizonte, com As Pulgas em 1982

- VENCEDOR do Prêmio Nacional de Literatura "Cidade de Belo Horizonte" , Belo Horizonte, com Manera, Doutor, Manera em 1984, reescrita em 2002 com o título Brazilian Way of Life

- VENCEDOR do Prêmio Nacional de Literatura "Cidade de Belo Horizonte" , Belo Horizonte, com O Homem Sentado em 1986

- VENCEDOR do Prêmio BDMG-Cultural de Literatura , Belo Horizonte, com Judas em 1991

 
 

 

ROTEIROS

 

- Belo Horizonte: Caminhos (Criado para a TV Globo Minas, em 1994, direção do cineasta Paulo Augusto Gomes)

- Vestida de Sol e de Vento (Criado para vídeo, em 1994, direção do cineasta Paulo Augusto Gomes)

- O Circo das Qualidades Humanas (Longa-metragem criado para cinema, em 1997, direção dos cineastas Geraldo Veloso, Jorge Moreno, Milton Alencar e Paulo Augusto Gomes, filmado em Congonhas, em dezembro de 1998, com os atores Stênio Garcia, Jonas Bloch, Elvécio Guimarães, Cássia Kiss e Paula Burlamaqui, entre outros. O filme foi lançado no 3º Festival de Cinema de Tiradentes, em 21 de janeiro de 2000, e participou dos festivais de Recife e de Miami.)

- Três Chopes (Curta-metragem criado para cinema, 1999)

- Quem Falava de Marcello Pizzantini (Longa-metragem, em fase de criação, para cinema)

 
 

 

PRÊMIO NA ÁREA DE CINEMA

 

- MENÇÃO ESPECIAL do Prêmio Humberto Mauro , Rio de Janeiro, com o roteiro de O Circo das Qualidades Humanas em 1997

 

ENSAIO

 

- Apontamentos para um Teatro de Questionamento

 

PRÊMIO NA ÁREA DE ENSAIO

 

- MENÇÃO ESPECIAL do Prêmio Plural , Cidade do México, com o ensaio Apontamentos para um Teatro de Questionamento em 1991

 
 
 

 

 

FORTUNA CRÍTICA

 

 

 

ROMANCES

 

 

A SOLIDÃO DA VERDADE

(...) Leiradella soube criar um romance extraordinário... (Fernando Py, Jornal Diário de Petrópolis - Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil - 29.06.1996)

 

 

APENAS QUESTÃO DE MÉTODO

Quer dizer: este policial, que como tal ganhou o Prémio Caminho de Literatura Policial 1999, é, ao contrário daquilo que geralmente acontece com os policiais, uma obra essencialmente literária. Pese-se a linguagem utilizada e a sua arrumação nas frases, junte-se-lhes a forma como o escritor a conta, coloque-se-lhe a necessária ironia e, ao degustá-lo, fica-nos o sabor da grande literatura. (José Abílio Coelho, Jornal Terras de Lanhoso - Póvoa de Lanhoso - Portugal - 05.02.2001)

 

 

Gostoso é o reencontro com um policial escrito originalmente em português. (...) Escreve, pois, com "sotaque", ou seja com o chiste das imagens típicas do lado de lá do Atlântico. (...) Depois, é a delícia daquele linguajar: "cama de metro e meio só maca e, mesmo assim,, só no necrotério". Mas a obra não fica por aí e obteve o Prémio Caminho de Literatura Policial para 1999. (Jornal A Capital - Lisboa - Portugal - 08.02.2001)

 

 

Um Chandler tropical. (Maria João Martins, Jornal de Letras, Artes e Idéias - Lisboa - Portugal - 07.03.2001)

 

 

Abri, curioso, Apenas questão de método , o policial de Leiradella, luso-brasileiro, aqui de estilo héctico e irónico, repleto de interferências pessoais em situações rocambolescas, em tramitação para umas novas dissimulações prenhes de equívocos lingüísticos. E se a esse pós-policial faltasse o mistério (as suas mentiras são desvendadas no último capítulo), não falta a cultura. E gracinha. E graça. (Jorge Listopad, Jornal de Letras, Artes e Idéias - Lisboa - Portugal - 07.03.2001)

 

 

. deve-se destacar sobretudo o domínio da matéria. A força da linguagem, que até podemos chamar de experimental, o seu poder de sugestão, a fina carpintaria do diálogo e do suspense, o ritmo frenético da frase, o traquejo no uso de gírias e preciosismos que integram um todo coeso, são traços marcantes de um castelo de palavras que só um mestre da ficção consegue pôr de pé. (...) Nos caminhos imprevisíveis em que a ficção de Leiradella costuma se desenvolver, resta dizer que na obra do autor, Apenas Questão de Método é um laboratório de linguagem (...) Colhendo seus temas na condição humana, centrado neste ser emparedado entre o amor e a morte, o escritor, com a aguda percepção do caminho percorrido, conquistou a sua linguagem, o que significa dizer, o seu estilo. E esta conjunção de tema e linguagem, como todos sabem, é o que basta em literatura. (André Seffrin, Jornal da Tarde - São Paulo, 21.04.2001)

 

 

Recomendo o romance Apenas Questão de Método , de Cunha de Leiradella, lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal. (...) Vale a pena conferir este submundo que nos faz sentir em casa. (Luís Giffoni, Revista Virtual da Bienal do Livro - Rio de Janeiro - Brasil - 17.05.2001)

 

 

Apenas Questão de Método é um romance policial humanizado, em que o autor dialoga com o personagem principal, artifício que cultiva um campo fértil para apresentar a realidade tal como ela é. (...) A obra, despretenciosa e temperada com uma crua ironia, faz uma crítica social ao paradigma da situação de impunidade no Brasil. (Adriano Augusto Macedo, Jornal Gazeta Mercantil - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 15.06.2001)

 

 

A difícil arte de contar uma história policial, para Cunha de Leiradella, não é nenhum segredo. O homem é um mestre na arte de narrar e prender a atenção dos leitores. (Carlos Herculano Lopes, Jornal Estado de Minas - Belo horizonte - Minas Gerais - Brasil - 07.07.2001)

 

 

A obra, um policial fake onde nada aparenta ser o que realmente é, vem recomendada pelo Prêmio Caminho de Literatura Policial, em Lisboa, onde o livro teve a sua primeira edição. (Alécio Cunha, Jornal Hoje em Dia - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 04.08.2001)

 

 

No atual cenário do romance brasileiro, é bom encontrar escritores realmente criativos, com estilo marcante e sedutor. (...) Leiradella é autor de ótimos romances e contos. (...) O romance Apenas Questão de Método é de deliciosa plenitude. (Carmen Vasconcelos, Revista Virtual Poderonline - Natal - Rio Grande do Norte - Brasil - 08.09.2001)

 

 

Enigma mineiro. Cunha de Leiradella renova o gênero policial numa história de detetive cuja maior surpresa é a própria linguagem do narrador. (...) No Brasil, onde o gênero é geralmente associado à violência urbana presente em romances de Rubem Fonseca, e, mais recentemente, na ficção exercida pelo psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza surge uma novidade que merece atenção. Trata-se do romance Apenas Questão de Método , de Cunha de Leiradella. (Carlos Ribeiro, Jornal A Tarde - Salvador - Bahia - Brasil - 13.11.2001)

 

 

Uma divertida e movimentada história policial, vivida em Belo Horizonte , é a nova aventura de Eduardo da Cunha Júnior, personagem criado pelo escritor Cunha de Leiradella, português radicado no Brasil, inesgotável criador de gente com muita personalidade e suas histórias de vida, contadas em romances, peças e contos. Este seu Apenas Questão de Método , editado em Portugal pela Editorial Caminho, diz a que veio. Já chega premiado (Prêmio Caminho de Literatura Policial) e vem trazendo ares bem refrescantes ao geralmente tão denso caminho do suspense. (Carmen Vasconcelos, Jornal O Galo - Natal - Rio Grande do Norte - Brasil - outubro de 2001)

 
 

 

 

CINCO DIAS DE SAGRAÇÃO

O luso-mineiro Cunha de Leiradella é um dos maiores romancistas do Brasil contemporâneo. (...) Cinco Dias de Sagração é forte candidato aos títulos de melhor trabalho da trajetória de seu autor e de melhor romance publicado no País nesta temporada. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 11.08.1993)

 

 

Com este livro Cunha de Leiradella coloca-se, definitivamente, entre os grandes escritores brasileiros de hoje e de ontem. (...) Cinco Dias de Sagração é um dos melhores romances publicados no País nos últimos dez anos. (Jorge Fernando dos Santos, Revista Minas Tênis - Belo Horizonte - Minas Gerais- Brasil - dezembro de 1993)

 

 

Destaques de 1993. Romance nacional: Cinco Dias de Sagração . (Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 29.12.1993)

 

 

Cunha de Leiradella é um romancista de Belo Horizonte, uma das mais gratas revelações da ficção mineira dos últimos anos. (...) Volta ele agora com um romance novo e extraordinário, Cinco Dias de Sagração . (Fernando Py, Jornal Diário de Petrópolis - Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil - 23.01.1994)

 

 

Há muito que não se vê (lê) um romance com tanta força como este. E podemos dizer sem receio de errarmos, que Cinco Dias de Sagração (Prêmio Governo do Estado do Paraná e Cidade de Belo Horizonte) figura entre os três melhores romances mineiros e entre os dez melhores romances nacionais publicados nos últimos dez anos... (Rogério Salgado, Jornal do Barreiro - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 01.03.1994)

 
 
 

 

 

GUERRILHA URBANA

Os diálogos se sucedem de maneira fascinante, refletindo o linguajar carioca em suas diversas nuances. A identificação dos personagens se constrói a partir das coisas que dizem e da estrutura das frases que enunciam. Um jamais fala igual ao outro. Isto é raríssimo em ficção, em qualquer língua. (Esdras do Nascimento , Jornal O Globo - Rio de Janeiro - Brasil - 02.04.1989)

 

 

Os comunistas, quem diria, adotavam o marxismo como pretexto para arranjar namoradas. A geração Paissandu, idólatra de Leila Diniz e antro da esquerda carioca nos anos 60, não ultrapassava muito o nível da "oba-oba-festivo". (...) Esta tese - polêmica , sem dúvida - não está sendo defendida em nenhum compêndio de História ou Sociologia, mas no romance Guerrilha Urbana , de Cunha de Leiradella ... (Jornal Hoje em Dia - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 05.04.1989)

 

 

Guerrilha Urbana (...) enfoca o vazio da convivência humana e toda a festividade política daquela época. (Lucélia Vilaça, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 11.04.1989)

 

 

Trata-se uma pequena obra-prima, escrita com muita consciência estilística, um livro de primeira linha na atual literatura brasileira. (Fernando Py, Jornal Diário de Petrópolis - Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil - 25.06.1989)

 

 

Guerrilha Urbana foi o grande vencedor do Prêmio Clube do Livro de Literatura e é, sem dúvida, um romance interessante. Desses que só se conseguem deixar quando se chega à última página. (Virgínia Bôa Morte, Diário Oficial Minas Gerais - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 28.06.1989)

 

 

Guerrilha Urbana é um romance altamente politizado e compromissado. (...) Denso. Contundente. Mas é, da mesma forma, a prática brilhante de um estilo simples e direto, com diálogos extremamente bem colocados que lembram (mas apenas como ponto de referência) os mestres Ernest Hemingway e Dashiell Hammett. (Roberto A. Previdi Froelich - Universidade do Arizona - Suplemento Literário do Minas Gerais - Belo Horizonte - Brasil - 21.07.1990)

 

 

San Diego State University / Department Of Spanish and Portguese / Portuguese/Brazilian Literature / Catalog # 25: Cunha de Leiradella - Guerrilha Urbana (Clube do Livro). Set in the mid-1960's, this novel transforms the inhabitants of Rio 's Largo do Machado into actors in a vast urban drama. $ 12,00. (Catálogo da San Diego State University - Califórnia - Estados Unidos da América do Norte - novembro de 1990)

 

 

Leiradella é dono de um discurso fluente e criativo, e neste texto soube recriar de modo convincente a prosódia da vernaculidade carioca, cujos ritmos nos entram no ouvido como se de pessoas vivas se tratasse. (John Parker, Revista Colóquio Letras - Lisboa - Portugal - julho/dezembro de 1991)

 

 

Em vez de enfocar um personagem em Guerrilha Urbana (1989), Cunha de Leiradella retrata um bairro de classe operária do Rio de Janeiro. (...) Trata-se de um caldeirão cinematográfico rotativo (...) Para reforçar sua intenção temática, Leiradella carrega o seu "palco" asfixiante com paralelos reminescentes da tragédia clássica, individualizando e emocionalizando toda a gama de interesses humanos dentro de parâmetros bem limitados e delineados no tempo e no espaço. (Malcolm Silverman - Universidade Estadual de San Diego, Califórnia - Protesto e o Novo Romance Brasileiro , tradução de Carlos Araújo, Editora da Universidade Federal de São Carlos e Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Brasil - 1995)

 

 

Na abertura de suas obras, o estilo dos mestres . "O Pinto era assim mesmo. Luiz Antônio de Souza Pinto. Vinte e seis anos altos, magros e morenos. Baiano de Santo Amaro, morava no Largo do Machado há cinco anos..." Cunha de Leiradella, Guerrilha Urbana , Clube do Livro. (Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 20.01.1993)

 
 

 

O LONGO TEMPO DE EDUARDO DA CUNHA JÚNIOR

Não será difícil para Cunha de Leiradella seduzir os leitores. Ele faz uma prosa de muito boa qualidade, quer nos diálogos, quer na narrativa, e seus personagens têm um tom de conversa cativante. (Deonísio da Silva, Jornal da Tarde - São Paulo - Brasil - 25.07.1987)

 

 

Mesmo tratando de um tema tão sufocante, O Longo Tempo de Eduardo da Cunha Júnior é escrito num estilo tão leve que chega a ser coloquial. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 05.08.1987)

 

 

Cunha de Leiradella, utilizando linguagem adequada e técnica narrativa extremamente segura, escreveu uma obra de ficção ímpar que tem o mérito adicional de incorporar as indagações da filosofia existencialista ao romance urbano. (Esdras do Nascimento, Jornal O Globo - Rio de Janeiro - Brasil - 16.08.1987)

 

 

(...) Leiradella constrói uma narrativa ágil e enxuta, contundente em sua secura objetiva: não há, praticamente, um vocábulo que se possa dizer excrescente no texto. Uma pequena obra-prima da ficção brasileira. (Fernando Py, Jornal Diário de Petrópolis - Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil - 20.12.1987)

 

 

Um excelente romance, realmente. E que se lê de um fôlego, tal a oralidade do texto e a segurança da carpintaria. (João Felício dos Santos, Suplemento Literário do Minas Gerais - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 17.09.1988)

 

 

Leiradella sabe mergulhar no âmago do ser humano. (...) O romance é todo de uma crueza impiedosa. Leiradella não faz concessões. Nem a ele, nem aos personagens, nem ao leitor. (João Felício dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 21.09.1988)

 

 

Escreve bem o Cunha de Leiradella, dotando o seu narrador de um estilo fluente, coloquial, que envolve o leitor, mantendo o interesse pelo personagem central até à última página. (...) Esperamos com interesse a publicação de outros romances deste autor. (John Parker, Revista Colóquio Letras - Lisboa - Portugal - novembro de 1988)

 

 

Ahora asistimos a una mirada hacia el vacio (Leiradella) o la realidad que se observa y no cambia al personaje (Noll). Creo que estas dos vertientes caracterizan la expresión de buena parte de la narrativa brasileña de los últimos tiempos. (Ronaldo Costa Fernandes, Revista Folios - Caracas - Venezuela - maio de 1991)

 

 

Por fin, hay que citar a escritores como Moacir Scliar, Raimundo Carrero, Cunha de Leiradella, João Gilberto Noll, Nélida Piñon, Ligia Fagundes Telles. Además de estos hay muchos otros, distintos entre si y valeria la pena acercarse a ellos . Lamento que se lea tan poco una literatura que está muy cerca de Venezuela, más por su idiosincresia que por la geografia. (Ronaldo Costa Fernandes, Jornal El Nacional - Caracas - Venezuela - 26.05.1991)

 

 

Com cinismo, humor, sarcasmo e apreensão, o narrador se propõe a passar em revista a sua vida pessoal. (...) Entretanto, o que ressalta mais do que os detalhes, passados ou presentes, é o estilo sucinto, direto e fluido com que o autor os relata. (Malcolm Silverman - Universidade Estadual de San Diego, Califórnia - Protesto e o Novo Romance Brasileiro , tradução de Carlos Araújo, Editora da Universidade Federal de São Carlos e Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Brasil - 1995)

O livro de Cunha de Leiradella O longo tempo de Eduardo da Cunha Júnior , chegou como um míssil... O efeito colateral dessa leitura é a crença inevitável de que também o leitor era prisioneiro de si mesmo... (Ranieri de Lima Damasceno, Jornal UNI-BH - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - agosto de 1999)

 
 

 

 

 

 

OS ESPELHOS DE LACAN

 

Para Reconhecer a grandeza deste novo livro de Cunha de Leiradella, não se pode esquecer que, tal como o que ocorre nos momentos privilegiados da construção do eu, a entidade que dali resulta é uma invenção, puro reflexo de uma série polifônica de composições que sustentam sempre precariamente uma subjetividade, mas que lhe darão, afinal, uma voz. Freud estava certo, quando suspeitava de que os grandes escritores sabiam disso melhor do que os psicanalistas. (Ana Cecília Carvalho, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 02.10.2004)

 

 

Assumindo uma atitude inovadora, vinda das obras anteriores, o autor oferece um livro em papel que pode e deve ser lido como hipertexto - no caso, cabendo ao leitor a escolha das páginas, para continuar a leitura e até recorrer às obras leiradellianas - na "Era do Botão", basta clicar em http://www.triplov.com/leiradella (Sônia van Dijck, site Triplov.com - Portugal - 16.10.2004)

 

 

Pintando uma atmosfera surreal, Leiradella oferece situações exemplares do homem em busca da felicidade. (Sônia van Dijck, Jornal Correio das Artes - João Pessoa - Paraíba - Brasil - 16.10.2004)

 

 

Leiradella pinta uma atmosfera surreal e oferece situações exemplares do homem em busca da felicidade. (Sônia van Dijck, Scripta, Revista do Programa de Pós-graduação em Letras e do Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Volume 8, Número 15 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 2º semestre de 2004.

 

 

Novo livro do romancista luso-brasileiro Cunha de Leiradella contempla a relação escritura-leitura e o fazer literário, sob o signo da metalinguagem. (Sônia van Dijck, Revista Continente Multicultural - Recife - Pernambuco - Brasil - fevereiro de 2005)

 

 

(.) esse dramaturgo, com uma das peças ("As Pulgas") realizada em Portugal (e bem), guionista, romancista, publicou ainda no Brasil um livro excepcional que acabei de ler.Com o super-intelectual título "os Espelhos dee Lacan" (Editora Ciência Moderna, Rio de Janeiro) que não tem muito a ver com Lacan, mas que conhece a curiosa experiência da realidade sujeita a ser permanentemente testada, os relatos dos disfarces, por vezes inundando tudo com advertida ternura - o rio subterrâneo, melancólico, metamelancólico. Existem só dois jogadores: um , Eduardo da Cunha Júnior (vivo?, morto?, assim-assim?), outro: todo mundo. (Jorge Listopad, Jornal de Letras Artes e Ideias - Lisboa - Portugal - 02.03.2005)

 
 

SARGAÇOS

 

A ação ocorre em Salvador, Bahia, mas podia ocorrer em quaisquer outras de nossas cidades; as figuras que ali se acham estão em todas as partes de nosso território. (...) Os diálogos são surpreendentemente coerentes com o livro, transmitem toda a impulsividade daquelas criaturas, são a essência de Sargaços . (Heli Samuel, Jornal do País - Rio de Janeiro - Brasil - 13.12.1984)

 
 

 

 

 

 

CONTOS

 

 

DOIS ZERO ZERO ZERO

(Antologia coletiva)

Uma grata surpresa quanto à forma de enfocar o tema é Cunha de Leiradella. Português radicado no Brasil, ele conta a saga de Isabel na descoberta da própria sexualidade. Trata-se de um texto econômico, com toda palavra no lugar certo, uma lúcida visão masculina da forma da mulher ver e sentir o próprio corpo. (Oscar D'Ambrósio, Jornal da Tarde - São Paulo - Brasil - 10.02.2001)

 

 

CONTOS DA TERRA DO CONTO

(Antologia coletiva)

(...)deparamos com o tédio da cidade grande: Turistas são os Outros (Cunha de Leiradella). (Cristina Agostinho, Suplemento Literário - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 18.10.1986)

 

 

FRACTAL EM DUAS LÍNGUAS

(Antologia pessoal)

Quando todos perguntam o que está havendo com a literatura brasileira que não "revela" nenhum livro de choque, nos chega este autor sem contemplações, sem rodeios, dotado de um incrível senso de humor, permeado de sensualidade (um Henry Miller vagueando alucinado por Minas Gerais; logo por Minas!!!). (Ignácio de Loyola Brandão, ata do Júri do Prêmio Cruz e Souza de Literatura 1995 - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil)

 

 

O conto que dá nome à obra é uma hábil tentativa de construir, na literatura, uma correspondência com a geometria dos fractais. (...) Esta é a essência de um fractal - um sistema ou estrutura que abriga outros sistemas ou estruturas, em microcosmos que se sucedem ao infinito. Fractal em Duas Línguas leva ao extremo este conceito. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 27.07.1997)

 

 

Leiradella mostra nestes contos premiados uma marca de seu estilo: seco, substantivo e temeroso das adiposidades adjetivas. (...) Leiradella, por meio de um paralelismo sem par, constrói uma narrativa empolgante e precisa (...) um equivalente literário à noção de fractal. (Alécio Cunha, Jornal Hoje em Dia - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 28.09.1997)

 

 

O escritor leva às últimas conseqüências sua proposta estética. Partindo de uma componente geométrica mais comum à informática do que à literatura, Leiradella compõe e decompõe períodos narrativos como se tentasse escarafunchar os mistérios da conflituosa existência do homem pós-moderno. (Jorge Fernando dos Santos, Revista BLAU - Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil - março de 1998)

 

 

Os contos de Leiradella apontam sempre uma situação insólita, como a indicar que o que chamamos real pode ser irreal - dependendo do ponto de vista sob o qual o encaramos. (Fernando Py, Jornal Popular - Baixada Fluminense - Rio de Janeiro - 12.02.2000)

 
 

 

 

HISTÓRIAS MINEIRAS

(Antologia coletiva)

Seu conto, O meu currículo leva o leitor a considerações sobre as imposições da sociedade capitalista, sempre alicerçada em valores dúbios, discutíveis. ( Jornal de Domingo - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 23.12.1984)

 

 

Cunha de Leiradella, em O Meu Currículo , desenvolve tema original. É um texto limpo, apetecível, a convidar o leitor. O final, surpreendente, fecha com brilho a história. (Euclides Marques Andrade, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 03.01.1985)

 
 

 

 

SÍNDROMES & SÍNDROMES (e conclusões inevitáveis)

(Antologia pessoal)

Um dos melhores contistas brasileiros da atualidade. (...) Estamos diante de um escritor que além da segurança e da multiplicidade de seus recursos técnicos, traz o lastro humano e transfigurador dos grandes criadores. (André Seffrin, Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - Brasil - 31.01.1998)

 

 

Cunha de Leiradella, em Síndromes & Síndromes (e conclusões inevitáveis) , é quem mais surpreende. Tem o narrador menos reflexivo e o mais voltado para o diálogo seco: o que se passa na cabeça das personagens fica a cargo da imaginação do leitor. (.) Hilariante sem perder o rigor da construção, Cunha de Leiradella escreveu um clássico. (Homero Vizeu Araújo, Jornal Zero Hora - Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil - 7.03.1998)

 

 

Enfim, estamos na presença de um autêntico escritor. (João Alves das Neves, Jornal Diário dos Açores - Açores - Portugal - 03.1998)

 

 

A prosa minimal, economiza em palavras, sugere o tédio atroz, a morte na alma, a perversão light (...) Algures entre Chandler e Pedro Paixão, mas nada disso. Leiradella é porreta. (Jorge Listopad, Jornal de Letras, Artes e Idéias - Lisboa - Portugal - 06.1998)

 

 

Síndromes & Síndromes (e conclusões inevitáveis) , da Relume Dumará é, para mim, o mais bem sucedido livro de contos de Cunha de Leiradella. Isto representa muito, pois diz respeito a uma obra na qual as pérolas não são poucas. (Paulo Augusto Gomes, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 24.09.2000)

 

 

Síndromes & Síndromes (e conclusões inevitáveis) só vem confirmar seu talento de escritor e confirmar seu nome entre os grandes dos grandes da nossa moderna literatura. (Rogério Salgado, Jornal Estilo de Vida - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - abril de 2001)

 
 

 

 

PEÇAS DE TEATRO

 

 

AS PULGAS

O maior prêmio da dramaturgia brasileira foi decidido na última semana em Belo Horizonte , no I Concurso de Textos Teatrais, promovido pela Rede Globo junto com a Coordenadoria de Cultura de Minas Gerais e a APATEDEMG (...) premiando a peça de Cunha de Leiradella - As Pulgas . (Rede Globo de Televisão, Boletim de Programação - Rio de Janeiro- Brasil - 29.01.1983)

 

 

Dá margem à constatação de que há terreno em Minas para a manifestação de dramaturgos brasileiros de qualidade. (José Guilherme de Oliveira, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 30.03.1983)

 

 

Cunha de Leiradella criou esquemas de situações e de diálogos originais com um rigor dramatúrgico que deve ser assinalado. (...) Sob esse aspecto é uma novidade na dramaturgia portuguesa. (Carlos Porto, Jornal Diário de Lisboa - Lisboa - Portugal - 30.03.1990)

 

 

As Pulgas é uma peça de teatro absurdo que pede meças aos melhores textos de Ionesco. (M. J. C., Jornal Público - Lisboa - Portugal - 30.03.1990)

 

 

Felizmente, do Brasil não nos chegam, apenas, telenovelas e jogadores de futebol. (Fernando Midões, Jornal Diário de Notícias - Lisboa - Portugal - abril de 1990)

 

 

As Pulgas é um texto de feitura consistente. (Jornal Expresso - Lisboa - Portugal - 07.04.1990)

 

 

As Pulgas é um espetáculo sério da moderna arte teatral. (...) E se a escrita, as personagens, o ritmo, a inflação do ilógico, lembram muito Ionesco, um Ionesco da primeira época ( A Cantora Careca , A Lição , outros, por vezes quase citados), o empenho humano supera as gratuidades, o absurdo categórico de Ionesco. Claro: o português do Brasil não inventou em 1982 a pólvora, mas deu provas de um talento aberto, lesto, raro. (Jorge Listopad, Jornal de Letras, Artes e Idéias - Lisboa - Portugal - 17.08.1990)

 

 

Se algum dia a América Latina for tragada pelo oceano, caso ainda haja seres humanos vivendo em outros continentes, ainda assim, espectadores assistirão, fascinados, aos filmes de Humberto Mauro, às gravações das obras do grupo Corpo ou de alguma nova encenação de As Pulgas , de Cunha de Leiradella, lerão com prazer igual o nosso Guimarães Rosa ou Drummond, ficarão emocionados com a dramaticidade do Aleijadinho (todos, quem sabe, resgatados por uma equipe submarina de arqueólogos). (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 18.05.1993)

 
 

 

 

COR LOCAL

Cor Local é uma peça realista, salpicada de elementos do absurdo. Contudo, vai além de ambas as concepções de teatro. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 12.10.1988)

 

 

A palavra, nas peças de Cunha de Leiradella, não é simplesmente um elemento coloquial. (...) Cor Local , em cartaz no Teatro Ceschiatti, é, sem dúvida, um brilhante exemplo desta postura em relação á palavra. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 15.10.1988)

 

 

Esta é, inapelavelmente, a grande questão que o texto de Cunha de Leiradella coloca em jogo. (...) No seu texto, Cunha de Leiradella, incansável na busca da verdade humana, da explicação para o homem, áporo e angustiado, não hesita em pôr a nu e questionar o que, de fato, constitui o homem: a sua linguagem. (Maria José Mota, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 28.10.1988)

 

 

A peça Cor Local (...) foi escrita por um profundo conhecedor do ser humano. (Ivanete Mirabeau, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 30.10.1988)

 

 

(...) Montagem toda ela ousada e forte, graças ao questionamento proposto pela dramaturgia defendida pelo autor (...). Nunca o espaço da Sala Ceschiatti foi tão explorado, tão bem explorado, de forma a criar a ambiência ao mesmo tempo suburbana e megalopolitana deste fim de milênio. (Clara Arreguy, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 09.11.1988)

 

 

O espetáculo Cor Local , em cartaz no Teatro Ceschiatti, já foi objeto de diversos debates. Eu próprio vim do Rio de Janeiro para assistir a um deles. (...) Cor Local é um espetáculo cru, contundente nos entrechoques emocionais, mas onde a verossimilhança do comportamento beira o enfoque de um estudo. (João Felício dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 29.11.1988)

 

 

O que sobressai na peça Cor Local não é o argumento dialético. (...) Para quem gosta de penetrar o mais possível no âmago do ser humano, achará profundidades enormes em Cor Local . Para quem ama teatro, achará que essas profundidades são exploradas com mestria. (...) Assistir Cor Local é, realmente, gratificante. (Roberto A. Previdi Froelich, Professor da Universidade do Arizona - Jornal Hoje em Dia - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 02.12.1988)

 
 

 

 

INÚTEIS COMO OS MORTOS

Li a peça. Cunha de Leiradella é um autor que tem algo a declarar (não são muitos os que podem ser assim classificados). (...) Escutem-no - ele tem algo a dizer. (Dias Gomes, programa da peça - Rio de Janeiro - Brasil - 1965)

 

 

Na verdade, os personagens principais de Inúteis como os Mortos , a relação existencial estabelecida entre eles e o drama que os esvazia de toda a positividade , existiram e existem. (Júlio Sereno, Jornal O Primeiro de Janeiro - Porto - Portugal - 30.11.1965)

 

 

(...)10 personagens (...) estáticos, experiência nova em teatro. (Jornal O Comercial de Goiânia - Goiânia - Goiás - Brasil - 10.12.1965)

 

 

Da crítica jornalística também vieram alguns zagalotes (...) o autor descobriu a pausa e se encantou com ela (...) um texto assim , opinaram, complexo, posto no palco por amadores, fugiu e muito do espírito do teatro amador . E houve quem acrescentasse, a respeito da permanente presença no palco de todos os atores que o Rio de Janeiro não estava ainda preparado para inovação deste quilate . Quer dizer, pois não há outra conclusão a tirar, a peça tinha craveira para profissionais e a encenação também. (Jornal O Primeiro de Janeiro - Porto - Portugal - 30.01.1966)

 
 

 

 

JUDAS

A técnica da escrita do teatro avança rumo à perfeição: diálogos absurdamente ágeis, concepção consistente da engenharia das cenas, rubricas que permitem ao leitor visualizar de forma ao mesmo tempo emocional e objetiva a ação - enfim, uma proposta concreta e madura de espetáculo.(...) Judas , em última instância, fala do Brasil. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 20.01.1993)

 

 

O Judas de Leiradella é um personagem muito especial. Através dele, o autor parece nos dizer que a traição e a corrupção, como outrora a dos sacerdotes vendidos aos romanos, terão um dia de pagar um preço muito alto. Na Palestina e no Brasil. (Fernando Py, Jornal Diário de Petrópolis - Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil - 01.05.1993)

 

 

A noite de hoje promete ser um dos pontos mais altos da longa e bem sucedida história do Ciclo de Acontecimentos Dramáticos . (...) Os espectadores da leitura vão conhecer, em sua forma mais radical, as poderosas obsessões de Cunha de Leiradella. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 23.07.1996)

 

 

Judas foi um dos melhores momentos do Ciclo de Acontecimentos Dramáticos . (...) O texto é também uma elegia à solidão humana, pois ninguém, nos palcos mineiros, sentiu-se até hoje tão solitário quanto Judas - talvez apenas Galileu Galilei, de Brecht. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 25.07.1996)

 
 

 

 

LAIO OU O PODER

Cunha de Leiradella é, sem dúvida nenhuma, o grande autor contemporâneo de Belo Horizonte. Seus textos são todos de uma autenticidade total. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 10.03.1984)

 

 

Seu estilo é marcante. Laio ou o Poder é uma nítida mistura do clássico grego com o absurdo de extrema vanguarda. A forma é clássica e os diálogos são absurdos e contundentes, tendo muito a ver com o Brasil dos últimos vinte anos. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 09.05.1984)

 

 

Mas Leiradella não quis mostrar somente o lado político da realidade. Mostra, sim, os homens. A sua angústia, o seu medo, a sua solidão e a sua perplexidade... (...) Laio ou o Poder não é uma tragédia grega. Somos nós todos que passamos à Grécia. Os tempos mudaram, mas os homens continuam os mesmos. Omissos e covardes. (Elvécio Guimarães, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 02.06.1984)

 

 

O texto de Laio ou o Poder é, sem dúvida, uma das melhores obras originais que passaram pelos palcos mineiros nos últimos anos. O autor, Cunha de Leiradella, demonstra, acima de tudo, um controle completo sobre a construção cênica e, principalmente, sobre o uso da palavra. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 14.06.1984)

 

 

Leiradella tem um controle completo sobre o uso da palavra. A sua obra prima de dramaturgia foi Laio ou o Poder . (Delfina Peixoto, Revista Gil Vicente - Guimarães - Portugal - janeiro de 1995)

 
 

 

O HOMEM SENTADO

Cunha de Leiradella continua a tentar descobrir os processos que conduzem à descoberta da verdade. (...) O Homem Sentado torna-se, desta forma, um interessante estudo do homem moderno, com os sentidos entupidos de mensagens vazias de sentido, e a cabeça vazia de idéias ou raciocínio. (Marcello Castilho Avellar, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 07.11.1987)

 

 

O Homem Sentado é um texto enxuto, bem escrito, com diálogos concisos e carpintaria perfeita, onde cada personagem tem a sua própria psicologia, como se fosse um retalho de determinado segmento social. (Jorge Fernando dos Santos, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 17.11.1987)

 
 

 

ROTEIROS

 

 

O CIRCO DAS QUALIDADES HUMANAS

É uma coisa nunca vista no cinema. (Paulo Augusto Gomes, Jornal Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 23.08.1997)

 

 

O Circo das Qualidades Humanas é uma experiência cinematográfica única. (Eduardo Souza Lima, Jornal O Globo - Rio de Janeiro - Brasil - 31.03.2000)

 

 

ENSAIO

 

 

APONTAMENTOS PARA UM TEATRO DE QUESTIONAMENTO

Excluindo ou não outras propostas, estes Apontamentos Para Um Teatro de Questionamento nos conduzem a um caminho interessante. (Marcello Castilho Avellar, Estado de Minas - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - 07.11.1987)

 
 
 
 
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