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CLAUDIO WILLER...
Brasil e Portugal: nossa língua, nossas literaturas
O texto a seguir é uma versão ampliada e atualizada do que foi lido por mim, seguindo-se debate, em uma mesa no Salon du Livre de Paris que teve Portugal como tema central, a 18 de março de 2000. Naquela sessão sobre lusofonia, intitulada “Je t’aime; moi non plus”, tive a companhia, também como expositores, da escritora brasileira Betty Milan (que teve a idéia do debate), e dos autores portugueses Maria Isabel Barreno e Eduardo Prado Coelho. Foi mais uma oportunidade para falar da necessidade de ampliar nosso contato com a literatura de Portugal e dos demais países de língua portuguesa (e também, reciprocamente, deles conosco), conforme o que havia dito e publicado em outras ocasiões. [CW]
http://www.revista.agulha.nom.br/ag62willer.htm

Em abril de 1998, no jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Prado Coelho comentou lacunas no conhecimento de quase todos os campos da produção artística e, em especial, da literatura, entre Brasil e Portugal. Em outubro daquele ano, no ciclo de palestras intitulado Nossa Língua – Nossa Literatura, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo sob minha coordenação, Alçada Batista também se manifestou, entendendo a língua, acertadamente, não como reflexo da realidade, mas como produtora da cultura. De modo enfático, declarou que, se não pensarmos a língua de Portugal, do Brasil e, hoje, de mais seis países, como sendo a mesma, então desapareceremos, culturalmente.

Esses pronunciamentos, corroborados por outros participantes daquele evento, tanto brasileiros como portugueses, não são apocalípticos. A propósito, quando, como presidente da UBE - União Brasileira de Escritores, em fevereiro de 1989, participei da coordenação do Primeiro Congresso de Escritores de Língua Portuguesa, já considerava essa iniciativa como estratégica, instrumento para ativar relações entre países de língua portuguesa. Pela mesma razão, compareci ao ato de criação do Instituto da Língua Portuguesa pelos chefes de estado dos países lusófonos, em novembro daquele ano. Em várias ocasiões, através de artigos na imprensa, pronunciei-me em favor da aproximação cultural e, nesse contexto, do Acordo Ortográfico entre os países de língua portuguesa.

A propósito desse Acordo Ortográfico, valerá a pena trazer de volta a ruidosa discussão sobre a conveniência de suprimir o caráter oficial das duas ortografias distintas? O tema é irresistível, nem que seja para lembrar que Brasil e Portugal são os únicos países do planeta que, com a mesma língua, resolveram institucionalizar umas poucas diferenças ortográficas. Se hispano-americanos houvessem seguido por esse caminho, teriam uma babel de ortografias: em cada país, o mesmo livro teria que ser refeito para adaptar-se à ortografia local. Se alemães e austríacos convertessem em escrita oficial os modos pelos quais se expressam um típico vienense e um berlinense, teriam que resolver o destino, não só, como em nosso caso, de algumas consoantes e acentos, mas das vogais, cujo valor fonético varia bastante, conforme o lugar. E o Instituto Goethe teria que desistir de trazer autores austríacos contemporâneos, ou de promover sessões sobre Rilke, Kafka e outros colossos da literatura de língua alemã. Iria cavar-se um fosso entre Thomas Mann e seus interlocutores vienenses.

Em 1991, em resposta a um artigo meu em favor do Acordo Ortográfico (no Jornal da Tarde de São Paulo), um leitor afirmou que concordava com meus argumentos, exceto pelo seguinte: o português de Portugal e do Brasil já seriam línguas diferentes. Devia ter-lhe perguntado qual dicionário utilizava para ler Fernando Pessoa.

Estou dando um exemplo extremo? Não: a existência de duas línguas, portuguesa e brasileira, tem sido sustentada por especialistas. Sua argumentação, apontando diferenças no modo de expressar-se nos dois países, não leva em conta a diferença entre língua e fala, langue e parole, entre o corpus de uma língua e a diversidade e riqueza de seus modos de uso. Claro: para o relativismo sócio-cultural, com efeitos tão devastadores em nosso ensino, com sua contribuição tão decisiva para que no Brasil tenhamos 70% de analfabetos funcionais, norma culta é imposição autoritária, pois língua é aquela usada ou praticada pelo grupo, “comunidade”, tribo urbana. O erro seria legítimo, expressão da identidade de cada um… E assim avançamos, por obra desse populismo rasteiro, na rota do desentendimento.

Releiam Mário de Andrade: não é evidente que aqueles de seus textos escritos em “brasileiro” são os mais datados, anacrônicos? Ninguém, aqui, está querendo o retorno ao purismo beletrista dos Rui Barbosa ou dos Laudelino Freire. Mas é inegável que a dinâmica dos modos coloquiais é outra; a própria mudança acelerada da sociedade contribui para seu tempo de vida mais curto. Institucionalizá-las como indícios de língua autônoma será, sempre, burocratizá-las.

Há qualquer coisa de preconceituoso em invocar modos de uso e diferenças vocabulares para justificar a insularidade do Brasil e Portugal, transformando em problema que ultrapasse os exercícios de humor onde deveria permanecer, a hilaridade brasileira diante do significado de estar em uma bicha, tomar uma bica e comer um prego em Portugal, e vice-versa. Essa estranheza diante das diferenças revela ignorância de um vocabulário também nosso, da língua que é nossa. São amostras do que ainda não conhecemos ou do que esquecemos, enquanto vamos desaprendendo a nos ver, ao deixarmos de nos traduzir uns para os outros. Uma vez alguém nos esclarecendo o significado desses vocábulos, deixam de oferecer dificuldade. Podem ensinar-nos palavras norueguesas ou gregas à vontade: isoladamente, isso não nos fará avançar no domínio desses idiomas.

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Quando apresentei essas observações em Paris, em 2000, a polêmica fervia. Na véspera de nossa mesa no Salon, saíra no Le Monde um artigo de Antonio Tabucchi, secundando os ataques de Lobo Antunes a Saramago, defensor da lusofonia. O argumento de Tabucchi: unidade da língua portuguesa seria coisa de velhos salazaristas, nostálgicos do império. Representaria uma ameaça à alofonia, às línguas locais. Bobagem – em que pese todo o respeito literário que merecem Tabucchi e, especialmente, Lobo Antunes. Nós nos expressarmos em português ou “brasileiro” não altera em um milímetro a situação de nossos indígenas. Para os dialetos e crioulismos, o papiamento, ou então o portunhol e o brasiguaio sustentados por Saúl Ibargoyen e Wilson Bueno, tanto faz a língua oficial ser uma ou outra. Idem, para nosso principal dialeto (e talvez língua matricial), o galego. E, nos países nos quais efetivamente se fala mais de um idioma, é evidentemente legítimo adotar o bilingüismo ou plurilingüismo. No Paraguai, fala-se duas línguas, espanhol e guarani; na Bolívia, com toda justiça, o quéchua e o aimara foram oficializados. Mas uma coisa nada tem a ver com a outra: Cabo Verde é bilíngüe: tem língua crioula e português; para os naturais desse país, lúcidos e pragmáticos, o português deveria ser aquele de todo o mundo lusófono.

Notem bem: nada disso significa concordância plena com este acordo agora aprovado, e em implantação. Talvez tenham avançado o sinal, unificando e ao mesmo tempo modernizando. Bastava revogarem o absurdo, a dupla oficialização da mesma língua, e tomarem as diferenças como aquilo que são, meras variantes. É o que fazem os anglófonos, mais pragmáticos, menos burocráticos neste e em outros aspectos.

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Para ajudar a entender a relação entre língua e difusão literária, examinei, no texto de apresentação daquele evento Nossa Língua, Nossa Literatura, o caso das literaturas espanhola e hispano-americanas do século XX. Lembrei algumas relações que se iniciaram em um modernismo influenciado pelo nicaragüense Rubén Darío. Que viajante, que personagem transnacional, passando com naturalidade da Nicarágua à Guatemala e El Salvador, ao sabor do mercado de trabalho, da conveniência política e do grau de reconhecimento de seus poemas de juventude (ah, se o mundo de hoje fosse assim, como seria melhor), para atuar no Chile e, depois de seu estágio simbolista francês, consagrar-se como modernista, interlocutor de Lugones e outros inovadores, através do trabalho em jornais de Buenos Aires. Tal cosmopolitismo foi possível por haver uma comunidade de autores da mesma língua, acima das nacionalidades.

Um capítulo decisivo dessas relações transnacionais foi a consagração de García Lorca em Buenos Aires, em 1932, não evitando, porém, que Jorge Luis Borges o antagonizasse e chamasse de "andaluz profissional". Borges, por sua vez, freqüentava grupos literários argentinos de vanguarda, influenciados por Darío. Na ocasião, Lorca acolhia Neruda, que reconheceria a importância desse encontro em sua Ode a García Lorca. Neruda, por sua vez, hostilizava César Vallejo, acusando ainda Vicente Huidobro de contribuir para essa ruptura. No início da guerra civil espanhola, emergia para a vida literária Octavio Paz, em um momento em que se confundiam criação e resistência antifascista. Por conta de divergências na organização de uma antologia de autores hispano-americanos, Paz e Neruda acabariam pegando-se em um banquete (o registro desse e outros episódios, em Sombras de Obras de Paz).

Uma geração de espanhóis influenciada por um nicaragüense; o poeta de maior prestígio dessa geração hostilizado por um argentino, o que não o impediu de fascinar a um chileno rompido com um peruano, em um ambiente literário que logo receberia a um mexicano. Tais episódios podem parecer um registro menor, da petite histoire. Mas a série de aproximações e afastamentos entre poetas de diferentes países, porém da mesma língua, do começo do século XX até hoje, constitui uma rede de afinidades e antagonismos, atração e distanciamento, de evidente relevância. Decisiva para que Octavio Paz, a uma dada altura de Os Filhos do Barro, pudesse declarar: Meu ponto de vista é parcial: é o ponto de vista de um poeta hispano-americano. Note-se: poeta hispano-americano, e não apenas mexicano.

E nem falei dos prosadores, e os modos de escrever em língua castelhana que devem muito ao guatemalteco Astúrias, a cubanos, a pelo menos um colombiano, a argentinos, a peruanos, a… Ampliaria o inventário de relações simpáticas e idiossincráticas, da qual não escapou nenhum país de língua espanhola.

Há um poema de Octavio Paz, Carta a León Felipe, publicado em Ladera Este, que serve, a meu ver, como símbolo desses relacionamentos cosmopolitas entre literaturas e escritores. Nele, o mexicano então residente na Índia escreve uma carta sobre um desencontro que foi um encontro, um poema sobre a poesia, para o espanhol exilado no México. É o diálogo através de dois continentes, e entre duas gerações, pois Felipe foi contemporâneo e amigo de Lorca. Cidadãos do mundo, ambos; integrantes de um corpus literário no qual, de tantos modos, se combinam o universal e o regional. O trânsito de textos e dos seus autores ajudou a converter cidades em metrópoles literárias: Madri, Cidade do México, Buenos Aires, por sua vez em contato com outros pólos mundiais, Paris, Londres ou Nova Iorque. Emblema da mesma convivência de literaturas e autores é, também, uma das fotos que ilustram o livro de entrevistas de Octavio Paz, Solo a dos voces, que contém observações sobre a importância de Borges. Nela, lado a lado, o próprio Paz e Julio Cortázar: o argentino que se instalou em Paris, o mexicano que já havia estado na Paris dos surrealistas, com tanto em comum e outro tanto de divergência, fotografados em 1967 na Índia.

Seria incorreto associar tais relações apenas a escritores partilharem a mesma língua. A afirmação contrária, ou recíproca, de que a comunidade lingüística hispano-americana se consolidou graças ao trânsito entre literaturas e autores, também é verdadeira. As diásporas desde o início do século, passando pela fuga de latino-americanos frente a tantos caudilhos, daquela de espanhóis da ditadura de Franco, até os terrores argentino, uruguaio e chileno (entre outros) dos anos de 1970-80, também foram decisivas para o diálogo literário e interlocução pessoal. Obrigados ao cosmopolitismo, como exilados e auto-exilados, como diplomatas, pesquisadores, ou alternadamente em todas essas condições, instalaram-se nos países de língua espanhola e em boa parte do restante do mundo.

Por essas razões, uma vez saído do anonimato, tornando-se literariamente conhecido, o espanhol, peruano, boliviano, equatoriano, nicaragüense, cubano, argentino, chileno, etc, dirige-se à comunidade de língua castelhana. O boom hispano-americano de 1970 em diante teve, como ponto de partida, esse grande mercado constituído por leitores em sua própria língua. Começaram internacionalizados, com uma circulação de livros que ultrapassava fronteiras nacionais.

O mesmo vale para alemães e austríacos, ingleses e norte-americanos, franceses e francófonos. Podia falar da quantidade de americanos que, desde Henry James, passando por Pound e Eliot, beberam na fonte britânica. Da língua alemã, mencionaria Rilke, para mostrar que a língua é maior que a nacionalidade. Contudo, é a língua francesa que nos dá os melhores exemplos, pelo modo como autores das ex-colônias, inclusive os expoentes francófonos da negritude, Senghor, Césaire, Depestre, Saint-Aude, Glissant, se incorporaram a seu corpus, assim podendo ser universais sem perder a particularidade.

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Essa modalidade de relação foi se enfraquecendo ao longo do século XX, entre Brasil e Portugal. Houve a influência da narrativa realista brasileira dos anos 30, notadamente de Graciliano Ramos, sobre um realismo literário português. E o impacto da descoberta de Fernando Pessoa em gerações de poetas brasileiros, graças, reconheçamos, à contribuição de intelectuais portugueses que ali se instalaram durante a vigência do salazarismo, os João Gaspar Simões, Jorge de Senna, Adolfo Casais Monteiro, João Alves das Neves e outros. Ninguém negará que o Brasil lê, hoje, poesia portuguesa da primeira metade do século XX: Pessoa, Sá Carneiro, Florbela Espanca. Prosadores portugueses, não apenas Saramago, mas Cardoso Pires e Lobo Antunes, foram publicados com êxito no Brasil. E, mais recentemente, poetas como Herberto Helder.

Mas, coligindo nossos exemplos de aproximação e antagonismo, ainda ficamos muito aquém do que houve entre hispânicos desse século. Talvez o formato bipolar da relação Brasil-Portugal, contrastando com a multipolaridade hispânica, seja determinante desse quadro. E, ao traçá-lo, jamais fugirei à responsabilidade especificamente brasileira. Nosso modernismo, através de Mário de Andrade e outros defensores da incorporação de uma fala coloquial à criação literária, acabou identificando língua, nacionalidade e cultura autóctone. Em alguns momentos, uma língua brasileira foi apresentada como um anti-português de Portugal, desconhecendo a renovação que era empreendida naquele país, movida pela mesma influência futurista e vanguardista.

Pela mesma razão, não eximirei ninguém de omissões brasileiras na política cultural, mencionando oportunidades recentes de aproximação desperdiçadas. Nunca deveria ter sido interrompida a implantação do Instituto da Língua Portuguesa. Presidindo a União Brasileira de Escritores, insisti, em todas as ocasiões em que isso coube, na retomada desse projeto. E não deviam ter obliterado Portugal em 98, no Salon du Livre de Paris, cujo tema central foi o Brasil; ainda mais em um ano de eventos alusivos a navegações e descobrimentos.

Seria ingênuo querer que um acordo ortográfico e mais alguns encontros de escritores venham, por si só, a criar o tipo de comunidade linguístico-literária das nações de língua castelhana. E utópico esperar que, de uma hora para outra, apareça um mercado de livros tão forte. Resultados no plano editorial passarão por mudanças na política educacional. A propósito, em meu tempo Machado e Eça, Alencar e Herculano chegavam juntos aos bancos escolares. Hoje, estuda-se “literatura brasileira” como algo distante de Portugal. Isso, no Brasil; leitores de língua portuguesa em outros lugares, sabe-se o que acontece – em Budapeste, biblioteca de literatura de língua portuguesa provavelmente continuará sendo uma biblioteca de literatura portuguesa. Em L’Aquila, Itália, conheci uma exceção: um dedicado professor que dava literatura brasileira… Nem preciso dizer o quanto a inércia de nossas delegações culturais, com adidos que, na maior parte dos casos, nem estão aí, contribui para esse lamentável estado de coisas.

Reconheço, finalmente, que muito já foi feito através das entidades e instituições culturais, em favor da circulação do livro e da literatura no âmbito da lusofonia. O Centro de Estudos Portugueses da Universidade de São Paulo, criado por Antônio Soares Amora, ampliou, e muito, sua atividade. Há mais encontros universitários dedicados à lusofonia; e a revista Crioula, da USP, especializada. Houve as publicações de autores africanos lusófonos, a boa circulação dos Mia Couto e Agualusa, estimuladas pelo trabalho pioneiro da recém-falecida Maria Aparecida Santilli. As pioneiras antologias (lá e cá) de Carlos Nejar. Arnaldo Saraiva promoveu a publicação de autores brasileiros, como Álvaro Alves de Faria, e de antologias. Nicolau Saião publica brasileiros em revistas e coletâneas.

A internet veio para mudar, no sentido de melhorar, esse estado de coisas: no TriploV de Maria Estela Guedes, dialogam brasileiros e portugueses. E também aqui, em Agulha. Herberto Helder saiu, desde 2000, por três editoras distintas (Iluminuras, Azougue, Girafa). Novas edições de Lobo Antunes, Lídia Jorge, Cardoso Pires e outros foram bem recebidas. Mia Couto, o público letrado já sabe quem é. O mais importante, e merecedor, seguramente, de maior atenção: uma coleção como a Ponte Velha, da Escrituras Editora, agora sob coordenação de Floriano Martins, com a publicação de autores do calibre de Cruzeiro Seixas, Rosa Alice Branco, Isabel Meyrelles, António Barahona, João Barrento, Ana Hatherly, Armando Silva Carvalho, Luiz Pacheco. Agora em 2008 serão publicados, dentre outros, Luiza Neto Jorge, Fernando Echevarría, Luiz Carlos Patraquim e José Luis Tavares - estes dois últimos de países afro-portugueses (ampliando assim o universo da coleção). Essa coleção tem apoio da DGLB: cadê a recíproca brasileira?

A todos esses trabalhadores da cultura, os que vêm contribuindo para a consolidação da lusofonia, minhas homenagens. Pessoas são barradas em guichês de aeroportos. Mas que a língua e a literatura continuem a circular, cada vez mais livremente.

Claudio Willer (São Paulo, 1940)
Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Nasceu em São Paulo, em 1940. Publicações mais recentes, Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa em prosa (Iluminuras, terceira edição em 2004); preparou Lautréamont - Obra Completa - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2005) e Uivo, Kaddish e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, nova edição de bolso de 2005). Acaba de ter lançado Poemas para leer en voz alta, editorial Andrómeda, San Jose, Costa Rica (tradução de Eva Schnell, posfácio de Floriano Martins). É autor de outros livros de poesia e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados.

Consta em antologias e coletâneas, brasileiras e em outros países. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela ligada ao surrealismo e à geração beat. Ocupou cargos públicos em administração cultural. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Deu inúmeras palestras, cursos e oficinas literárias. Co-edita, com Floriano Martins, agulha, www.revista;agulha.nom.br.

Mais em: www.secrel.com.br/jpoesia/cw.html, www.triplov.com/willer/index.html e www.tvcronopios.com.br/bitniks .