MÁRIO FILIPE PIRES nasceu em 1960, tem formação académica em Engenharia Química e fotografa desde 1984. Em 1988 viu serem publicadas duas fotografias suas no Anuário português de Fotografia. Em 1989, participou na 1º Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, tendo tido duas fotografias publicadas no catálogo da exposição. Em 1991, realizou uma exposição individual na Fotogaleria 12A, intitulada “Cacilheiros”. Em 1994, realizou com a pintora Cristina Carvalhão a instalação “Trans / Casa de Passagem”, na Covilhã. Em 2001 participou em duas exposições colectivas do website Foto.pt, uma em Almada e outra em Beja. Ainda nesse ano realizou uma exposição individual no Laboratório Digital Carlos Vilas, intitulada “Olhares”. Em 2001 viu também quatro das suas fotografias serem publicadas no livro foto@pt.

Inicialmente explorou o preto e branco, procurando evitar a presença humana, centrando-se nos ambientes e no que eles podiam ter de evocativo. No trabalho a cores (utilizando filme reversível) procurou reduzir a paleta cromática a um ou dois tons dominantes e explorou vários géneros, tais como os grafismos e a paisagem.

Em 2000 começou a utilizar uma máquina fotográfica digital, o que juntamente com o domínio das ferramentas informáticas de tratamento de imagem, lhe mudou a forma de encarar a fotografia.

De então para cá pensa em termos de imagem final, não lhe importando verdadeiramente a origem, tanto pode ser um ficheiro originado pela máquina digital, como um negativo da sua camera “pinhole” entretanto digitalizado e alterado, como uma impressão a preto e branco convencional.

O fundamental é a imagem que se vai apresentar ao observador e não o processo.