debate sobre o
ACORDO ORTOGRÁFICO
da Língua Portuguesa — 1990
(Nota do TriploV em Abril de 2008: Ainda não foi aprovado)

CUNHA DE LEIRADELLA

- Quer dar a sua opinião sobre as propostas, na lusofonia, de acordo ortográfico?

- O acordo ortográfico é um aborto meramente burocrático. No texto de 16 de dezembro de 1990, falava-se no artigo 2º, da elaboração de um vocabulário (conjunto dos vocábulos de uma língua) ortográfico (de ortografia, conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras) comum (pertencente, aplicável ou que compete a todos os elementos, pessoas ou coisas de determinado conjunto) da língua portuguesa. Mas logo na Base I, item 2º, letra “a”, grafa-se antropónimos/antropônimos. E eu pergunto: para onde foi o comum, se em Portugal se escreve e vai continuar escrevendo antropónimos, facto, receção, e no Brasil se escreve e vai continuar escrevendo antropônimos, fato e recepção? E nos outros países lusófonos escreve-se e vai continuar escrevendo de que maneira? A gosto do freguês? Certamente, pois vários deles não assinaram o acordo. Mais. Isto, sem que os ditos acordadores, olhassem, mas com olhos de ver, que as maiores diferenças estão na forma de escrever uma frase e não na forma de grafar uma palavra. E se o acordo era para unificar e não unifica, então para quê mexer com ele? Dizem os seus defensores que a mudança será pequena, mexe apenas com cerca de 600 palavras, só 0,54545454545454545454545454545455% do total das 110.000 da língua. Mas, e aqui cabe nova pergunta, se a mudança é tão pequena, para quê fazê-la então? Para quê obrigar a publicação de novos dicionários, novos livros didáticos, fazer novo tudo que é impresso? Quem vai lucrar com isso? A língua? Tadinha dela!

Foto e texto de Cunha de Leiradella publicados no jornal
Correio do Minho, no dia 13 de abril de 2008

I — DO ALFABETO E DOS NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS E SEUS DERIVADOS

II — DO H INICIAL E FINAL

III — DA HOMOFONIA DE CERTOS GRAFEMAS CONSONÂNTICOS

IV — DAS SEQUÊNCIAS CONSONÂNTICAS

V — DAS VOGAIS ÁTONAS

VI — DAS VOGAIS NASAIS

VII — DOS DITONGOS

VIII — DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS OXÍTONAS

IX — DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS

X — DA ACENTUAÇÃO DAS VOGAIS TÓNICAS/TÔNICAS GRAFADAS — I E U DAS PALAVRAS OXÍTONAS E PAROXÍTONAS

XI — DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PROPAROXÍTONAS

XII — DO EMPREGO DO ACENTO GRAVE

XIII — DA SUPRESSÃO DOS ACENTOS EM PALAVRAS DERIVADAS

XIV — DO TREMA

XV — DO HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES

XVI — DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO, RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO

XVII — DO HÍFEN NA ÊNCLISE, NA TMESE E COM O VERBO HAVER

XVIII — DO APÓSTROFO

XIX — DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS

XX — DA DIVISÃO SILÁBICA

XXI — DAS ASSINATURAS E FIRMA

PROTOCOLO MODIFICATIVO AO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA