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:::::::::::::::::::::::::::Maria Estela Guedes:::

DOIS CASOS SECRETOS EM CIÊNCIAS NATURAIS
Ed.da Autora, Lisboa, 1994, 314 pp.
(Trabalho apresentado para concurso a Assessor, no Museu Bocage. Distribuição restrita)

INDEX

ICONOGRAFIA

Macroscincus coctei

Mapa da distribuição dos Sauria em Cabo Verde

Quadro I - Dimensões dos lagartos

I PARTE: O CASO VANDELLI

Onde se vê que o lagarto não é susceptível de recolher apreciações consensuais

De como o lagarto é envolvido nas invasões francesas

1ª peregrinação: a finalidade das "viagens filosóficas"

2ª peregrinação: em que se fala de estrangeiros e de estrangeirados, do Jardim Botânico da Ajuda e da Fábrica de Louças de Vandelli

peregrinação: laissez faire, laissez passer a genuína filosofia das viagens filosóficas

De como Feijó envia dois lagartos do dito ilhéu

4ª peregrinação: onde se vê que o povoamento de Cabo Verde varia com as crises, e se fala do sábio naturalista alemão Link

Onde se vê que há exílio das populações animais, e se imagina o lagarto a fugir de ilha para ilha

Se dois lagartos eram do dito ilhéu, de onde seriam os outros?

5ª peregrinação: onde se fala de etiquetas trocadas na Academia Real das Ciências, se viaja pelo séc. XVIII e se insinua que Napoleão chorou ao ler o Werther

Onde se pergunta se todos os lagartos são M. coctei e se conta como o tipo sofreu tanta manipulação que nem parece ter sido empalhado em Portugal

6ª peregrinação: onde se volta a falar de Link, e de como tinha um Feijão na ponta da língua, muito mais próprio de um frade

7ª peregrinação: onde se passa para o outro lado do espelho e se vê que, se Alexandre era o Encoberto, Vandelli era o Indesejado

peregrinação: de como Lineu gostava de Vandelli e este enfeita Sebastião ao prometer casar com a senhora que lhe arranjou emprego em Portugal

peregrinação: onde se diz que Mao Tsé Tung dizia que os mestres diziam que não se discute a pérola do dragão

10ª peregrinação: onde se continua a investigar o caso Vandelli e Saint-Hilaire apresenta a prova da virgindade

11ª peregrinação: "Vinde cá, ó meu tão certo secretário", ou de como Vandelli foi acusado de escrever cartas anónimas, sendo ouvinte do sermão

Secreta carmina

- Carta primeira (1)

- Carta primeira (2)

- Carta segunda (1)

- Carta segunda (2)

Onde se apresenta o autor das cartas anónimas, Lineu mostra quem de facto era Vandelli, surge o nosso primeiro catálogo faunistico lineano e se diz que amoR é o nome da rosa

II PARTE: O CASO MACROSCINCUS COCTEI

Onde se pergunta se Feijó tratava as osgas como lagartos e se declara que o M. coctei é lagarto não o sendo

De como a interpretação do termo "chinel" leva à tese de que o M. coctei era antropófilo

12ª peregrinação: onde se recua ao Quaternário para inquirir se o M. coctei viajou a pé de ilha para ilha ou se terá andado sobre as águas

13ª peregrinação: de como Cabo Verde não é a Atlântida, Aggarttha nem Avalon, podendo entretanto ai ter existido Awlil

Onde se desfia o rosário das plantas, insectos e aves dos ilhéus e se nega que o M. coctei fosse a Bela Adormecida

14ª peregrinação: onde se alude ao dragão de Komodo e se transcreve uma carta que fala da zoolatria no antigo Reino do Daomé

15ª peregrinação: em que os animais sagrados viajam dos mistérios de Mitra para o Haiti e novamente surge o espectro da escravatura

16ª peregrinação: eis que se entra no "Livro dos Mortos", se atravessa o Canal do Suez e num bazar egípcio o mercador oferece afrodisíacos

Uma família tão ecléctica, a dos Scincidae, que lembra um bazar egípcio

Onde se diz que a terra typica da maior parte dos sáurios de Cabo Verde está errada

De como três lagartos fizeram quarentena, jejum e abstinência e nem uma pinga de água. Para quê?

Onde se apresenta uma carta de Serpa Pinto e Newton demonstra que em 1901 o M. coctei ainda existia em Cabo Verde

Em que se corre para a celebridade e desaparece na extinção

Como lagarto a que cortaram o rabo e que é rabo para aquém do Iagarto remexidamente

Onde se mostra que o M. coctei era o maior Scincidae do mundo e se pergunta se não será uma espécie anã

Última peregrinação no Pourquoi Pas? à ilha de Awlil, que ninguém sabe onde fica

BIBLIOGRAFIA

a) Literatura
b) Fontes não publicadas

Aos meus Irãs

Maria Estela Guedes. Membro da Associação Portuguesa de Escritores, da secção portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários, do Centro Interdisciplinar da Universidade de Lisboa e do Instituto São Tomás de Aquino. Directora do TriploV. Alguns livros publicados: Herberto Helder, Poeta Obscuro; Eco/Pedras Rolantes; Crime no Museu de Philosophia Natural; Mário de Sá-Carneiro; A_maar_gato; Ofício das Trevas; À la Carbonara; Tríptico a solo. Espectáculos levados à cena: O Lagarto do Âmbar (Fundação Calouste Gulbenkian, 1987); A Boba (Teatro Experimental de Cascais, 2008). Aposentada no cargo de Assessor Principal, no Museu Bocage (Museu Nacional de História Natural - Universidade de Lisboa).