VII Colóquio Internacional
"Discursos e Práticas Alquímicas"
LAMEGO - SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL
22-24 de Junho de 2007
A Situação da Mulher na Maçonaria
Dival G. Costa

Espionagem na Maçonaria (11)

Em 1750, o monge franciscano José Torrubia, revisor e assessor do Santo Ofício na Espanha, foi encarregado pelos seus superiores de fazer-se iniciar numa Loja sob nome suposto, com o propósito de conhecer os segredos da Maçonaria e os nomes dos que dela faziam parte.

Torrubia recorreu então a um meio verdadeiramente jesuítico, depois de ter obtido do grande penitenciário do papa, dispensa e absolvição do juramento que lhe seria exigido ao entrar para a Maçonaria. Foi Iniciado numa Loja. Em pouco tempo percorreu todas as Lojas da Península e inteirando-se de tudo o que nelas se passava, apresentou-se diante do Tribunal da Inquisição em Madrid, entregando uma acusação espantosa "contra a abominável instituição da Maçonaria", à qual estava anexa uma lista de 97 Lojas então existentes na Espanha. O rei Fernando VI mandou publicar o seu decreto de 2 de Julho de 1751, em que milhares de maçons foram presos e torturados.

1751 - 18/5 - Bula "Apostolicae Provida", de Bento XIV, confirmando a Constituição "In Eminenti" de Clemente XII e na qual é repisada a razão principal para esta condenação: "é que nas tais sociedades e assembléias secretas, estão filiados indistintamente homens de todos os credos; dai ser evidente a resultante de um perigo para a pureza da religião católica". 

Do lado da Igreja também houve condenação dos Carvoeiros, através da encíclica Ecclesiam, de Pio VII, em 1821.

INICIATIVA:
Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL)
Instituto São Tomás de Aquino (ISTA)
www.triplov.org

Patrocinadores:
Câmara Municipal de Lamego
Junta de Freguesia de Britiande
Dominicanos de Lisboa

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