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PORTUGAL

5100-344 . Britiande . Portugal

O Arboreto Francisco Newton, em Britiande
Ana Luísa Janeira (texto) e Maria Estela Guedes (imagens)

À GUISA DE UM FOLAR DE PASCOA PARA A ESTELA

A primeira vez que ouvi falar de um arboreto foi em Boston, aquando da visita ao Arnoldo Arboretum of the Harvard University, especializado em lilases. Ontem, a Estela Guedes propiciou-me um passeio ao seu arboreto, o Arboreto Francisco Newton, em Britiande.

Acesso por uma estrada romana, de nenhum modo um amontoado de pedras mas o legado patrimonial mais importante da terra, entre florzinhas primaveris e um chão bem molhado – desde a minha infância nortenha sempre ouvi dizer que chove na Semana Santa – e este ano não foi excepção à regra.

Levando à prática o seu aturado e consequente trabalho sobre naturalistas portugueses, a Estela está a começar a trazer para aqui o seu amor pelas plantas e a necessidade de preservar e recriar ambientes com árvores. Assim já plantou algumas, felizmente de boa saúde, como tem estado a plantar rosmaninho e giesta, atitude muito sábia, por se tratar de plantas que são da terra e por isso necessitando de menos cuidados.

O espaço ajudou-me, pela tranquilidade, a preparar o meu coração para muitos Alelluias, também me propiciou uma mancha de papoilas, com um vermelho a anunciar o 25 de Abril, e mais corriqueiramente, uma boa sesta….

Ana Luísa Janeira

 

O futuro «Arboreto Francisco Newton», em Britiande, recebeu nesta Páscoa de 2011 uma visita ilustre, Ana Luísa Janeira, cuja lista de publicações inclui muito texto sobre jardins botânicos e outros recintos verdes. Na foto ao lado, vemos o efeito apaziguador que nela exerceu o arboreto, com o rumorejar do regato e canto das aves, e com o perfume das flores.

 

 

 

 

 

 

 

O acesso ao arboreto faz-se pela Quelha da Azenha, uma via romana que outrora seguia até à Ucanha.

Uma imagem do arboreto colorida pela camomila, papoilas e outras plantas espontâneas que estão em flor neste período pascal

Algumas árvores de fruto foram plantadas recentemente, e quase todas pegaram

Um arbusto bem transmontano, Erica arborea, a urze branca. A roxa chama-se «torga», em homenagem a Miguel Torga, escritor da região.

Papoilas, Papaver sp., nascidas espontaneamente.

O que define o arboreto é ser um local de estudo. Para aprendizagem, é indispensável que as espécies estejam identificadas, e para isso usam-se etiquetas ou outras chapas com informação escrita, como é o caso desse pé de Prunus sp., que esperamos venha a dar rainhas-cláudias.

Uma das fronteiras do arboreto é naturalmente traçada pelo curso de um regato temporário, quase ued, pois só se manifesta no tempo em que chove.

Outra fronteira é constituída pelo muro de pedra solta de um socalco, na base do qual se plantaram roseiras diversas.

Ana Luísa Janeira observa uns exemplares de erva-cidreira, espontâneos no arboreto. Como se sabe, esta espécie, Melissa officinalis,  é dotada de grandes virtudes medicinais.

 

Outra planta medicinal, tomada na forma de chá, e espontânea como a cidreira, é a camomila.









Um jovem cipreste, Cupressus sempervirens. Aceitamos oferta de um exemplar de Cupressus lusitanica, o Cipreste-português, e também gostávamos de ter um espécime de Cedrus libani, o Cedro-do-líbano. Nesta área do arboreto, perto de uma mina, foram plantados citrinos e um jasmineiro, em memória do jardim árabe, que conta sempre com esses elementos: água, ciprestes, jasmineiros, laranjeiras e limoeiros.

 

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