RESTAURIUSVÍCIUS
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III







Timing fur uma descanhovaza.

O coração postal em que as barbas fétidas das estranhazentranhas - altares para anjosbanjos de Chagal. Lamparinas magentas. E palavras recheadas de lombrigas como mártires de uma guerra cega. Começava aí o afoitar de espelhos e um prólogo oracular que ia trespassando possibilidades da nomeação. Por dentro dos espelhos novos espelhos. E uma vaca sagrada desabava asim por desdizer do caos musical daos autoclismos, antecismos, ou mímica de microcatarata inetérea e desenternal e noneterna.

No ventre ocipital desse recanto da casa o retrato pacato de Caligari, mórbido orificial como um passador. Não de droga. Cintas de Vénus. Montes de tripas. Espumantes papeis. Inscrições vastas como as tripas do rei Dário em vérperas de dar cabo dos israelitas. Pensos aderentes e toalhas acidentalmente ensaguentadas, por asim dizer, tingidas.

Noites de bidé à beira Tejo. Um chá inextinguivel e irrepreensivel prensando não se dessabe de onde avindo. E num portal ELISA É PENEIROSA/ NINGUÉM TE GRAMA/ PÕE-TE NA ALHETA!, a giz. Lisbona, icono de fragmentos. Num grão de merda o mundo inteiro vêr.

Ferial este telescópio maluco. Depois às gares senhores. Há a de Santa Apolónia cujo mester eram os seguros, e a de Santa Adelina, e o Beco dos Agulheiros, e a Calçada do Resguardo.

O ritmo intensifica-se. Acontece como uma esponja frita ou uma picha ralada. Cuidarei eu e outros tratos insistente da maravilhosa luz anadiómeda.

Luz lanterninuz luzinda (luzsir) lazer luvada luz de lar luz de Lisboa e luz de candeeiro, crepuscular, morrente, como a água de um moinho.


Noites vermelhas de papagaios. Noites de banhos convulsos, de moinhos em digressão peloumbilical. Cordão. Ad ancorum. Finita tripa que une num só dogma a santíssima familia trinitante. Deusmãe. Deusescristo. E Deuszespiritodapombinha.

O chocalhar dos comboios. O seu ranjerranje de tuba canecal e verrugosa. O rumberrumbe que num enfastio descolou a minha paixão como vinho de Arruda. Minha ânsietude por branco e por tinto. E a célebre piada sobre a varanda do Chanceler: Bismarck ou o almirante Pessanha a cujo encargo a armada nacional organizar ficou.

Rodopiou numa montanha de bandolins e guitarras, fados e desgarradas. Os profetas procuram. Esperam o canto. E os ratos movem-se em tortilhas no mar de plumas das Tordesilhas. As cordas vibravam com emoção de uma pata choca. Os centros operários cativavam-se com a lingua rinocerontal dos esquentamentos. Eis o bajulçar dos bandurros, as marchas murchas como camélias. O extase quente da menstruação. A páscoa! O jejum zuz jejum o.

Simetricamente arreparei na rapaziada ruím deste cemitério oceânico de elétricos.

O jejum doméstico da monotonia. O vómito coroado de sopa alentejana. O jejum dos bifes lambusados por baratas no engorduramento sistemático de uma travessia Além-Saudade para a Terra do Incerto Infinito. Um amor negro pelo sacrificio das capoeiras. O jejum tornara-se extraordinário. Pagavam-se bilhetes e habia bombos bumba boinas bascas bugigangas ciganas e suas madrecriancinhas com a Sina a fisgar no monte Devénus. Os saiotes. As saias. Os cetins. O vendaval. E o fogo. O sangue sionista do jejum. Uma apoteose prismática de um Agosto fogoso. E os agostos são sempre deliciosos quer chova quer não.

Um vazio abre-se de latinhas e latões e latoadas. Sem corantes nem putrificantes nem gazantes. Mas com o molho translúcido que atesta a sardinha. Agosto é o meu chupa-chupa preferido. Morra quem quizer por tal lazer. Este Agosto era além de jejúnico folheado pelo I Ching, transportado numa maca junto às meningites mais contagiosas: o Centro hospitalar era uma catedral de pús iodada, um necrotério avançado. A eficiência afastava-se meses. E os curandeiros andavam pé ante pé. Que nem mulas casmurras ou misantropos estorvados.

Corvos. Pétalas de corvos. Maternidades de corvos. Bichas de defuntos esperavam um lugar na bicha para a enfermaria. O caruncho avultava-se. E os bispos rezavam prédicas às pobres almas paridas. Permanecerão até ao ventre de nosso paiirmão. Regressarão? Nos cemitérios as centopeias eram gigantescas e devoravam cruzes vivas e mortos virgens num só trago. Faziam apostas malucas. Às seitas. E celebram também as suas missas de Corpus Sanctum. O jejum purificava tudo. E em encomendas e caixotes, senão caixões. Já ingressava na Trafaria. Oh! Que luxo. Luva mortífera da fome. E que fome séria zurpa-do-totiço. Uma fé de fome de fé. Uma fome lançada nas antas de uma hemorragia nacional. Os cães trepavam pelos virus da grande castração. Suicidavam-se nas virilhas do rio. O apogeu inevitável da grande miséria espiritual.

A governança gozava os seus leitões e túbaros de touro entrestofos. A governança é tudo ricaços com os seus belos Mercedes e Porches e mulheres boas que nem uma odalisca, derretidas que nem hortaliças. Ali, com aqueles cus moles e vendidos sem nódoas ou bocados ratados. Não, no meu tempo não havia destes traseiros. Os perfis coevos e relaxados das varinas. Isso era guloseima que se apreciasse?…