PEDRO PROENÇA: HELIÓPOLIS
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Havia um peixe que se chamava sabedoria.

(7)

Confluente. Confluente!!! Ítaca (depois do mar áspero, rodando, rodando, como pião nas ondas planas): a pedra. A pedra verde. A lagoa. O porto do Universo. (escrevia sobre a paisagem e ela aproximava-se; enterrava a tinta bem no centro desse furor; galopava sem se mexer; era na permanência a revolução)

Desembarque. Um deliberado vazio grávido (os cavalos e as pulgas; o cheiro a tortas; as medalhas). A mulher esperava detrás de que incógnitos véus (fidelidades (?)). Plátanos. Espargos e agriões. O forno cósmico cozia o pão. O ladrar do cão abria abismos: desvendá-los era mester de sapateiro.

Confluente inquisitorial corpo. As trilogias (os cofres, onde todo o mistério procura não ser procurado).

O sapo ri
Contente do charco.

Vista aérea sobre a urbe. A cidade mergulhada em cinzas, em icones pilhados, em rasura de sono, em irreal.

Oráculos (no contraste, numa lingua Dupla)

O artifício do poder. A moeda de Confúcio. A aniquilação da vigência do poder do Poema para posterior etapa:

Que se desmorona a tirania. Pela tranquila intranquilidade:

Não-agindo

Ou deixando actuar

(o quê?)

www.triplov.com / 11.11.2003