ANTIGÓRGONA / QUATRO
TEXTO E DESENHOS DE PEDRO PROENÇA
13-08-2003 www.triplov.com

d

quatro


[Da interioridade do viajar às colónias bárbaras. Do que na escolástica plena das estruturas pelo movimento se transmuta. Detonando cristais. Performando o silêncio na sua cristalização antropomórfica. Reduzindo à magia extensa da renovação o sentimento contextual da funcionalidade.

Menina e moça de casa de meus pais, na senda de alguns graais, em sintaxe me cavaram. Mendiga e osso, da massa dos meus cais e meus ais, bruta pérola/cobra virtude/betriste balma, da barca dos meus mais me arrancaram, para a penitência plural da Páscoa na Cruz de Crestardim. No sacrificio secrupal e sagrário esculturário. Tutano e Sina. Retina e poço na rota do desgosto. Na Partilha Histórica do «ponto da criatividade» até à Chama Suprema dos Abismos Atónitos de Deus, dos Labirintos Platónicos dos Himeneus, na Coragem Agrária, nos Céus.

Menina e menemoça de menelevarem de menecasa de meneus pais para longes terras. E o senhor Yahávé me abençoou. Destinavasta vertente Eleonora pelos caudais. E soprarrubra antes que ardentisse a tristibil cadavéria mortágua. Só água. Água. Harpadágua. Liradágua. Sonhodágua. Destinassina que breve espaço mudou sobre a ponte Mirabeau, onde as gélidas águas do Sena emudecem a Casa dos Mortos. Abdul e Bedum. E eu, o escriba, que entre tantas promessas narrata a intercorrogação dos pluroespaços e dos vicotempos na elipse fulcroparietal da escritomística.

Medida e angústia Antigona de sinagogas longínquas de Hespanha para os Umbrais da Loucura me empurraram. E a Vida encerrava em mim os desgostos da espécie. A morte de meus irmãos um no outro. A revolução fracticida. A metáfora fraternal. Gémeos de um outrora no Corpo dos Nomes, nos reinos de King-Su para as terras do Azu. Vertentemente pelos baços caminhos de uma noite branca descia o meu Senhor que em Boa Hora Nasceu. De Burgos. As mulas seguiam-no na noite profunda [como um saco de silício]. E o vento foi abanado pelas figueiras, e no roseiral reapareceram as folhas mortas, e a Phénix desceu ao coração intacto do Crisântemo, e a espécie viu o firmamento sobre o firmamento e as águas sobre as águas e os ventos sobre os ventos na maravilha deste pomar.

Da interioridade da viagem pela dislexia à epistemologia acronológica da irmandade humana. Na Nutrição orientada para o estômago, o ventre, a curva ágil de um inefável afável. O caudal canibal desTristando-se e Isolando-se no Uno para a transmissão da Abertura transitar para a Unidade. O Cosmos autoengendrando-se, encurvando-se para além do Logos e do Pathos, circonvulsionando-se astral e vídico: Á mon seul désir, le désir seul, le Seul et le Désir - yeh usk ali dusk!


Cavadórico.
Cavadístico.
Cavalérico.
Cavalaico.


Da interioridade da viagem pela deslexia à epistemologia acronológica da irmandade humana. Na Nutrição orientada para o estômago, o ventre, a curva àgil de um inefável afável. O caudal canibal desTristando-se e Isolando-se no Uno para a transmissão da Abertura transitar para a Unidade. O Cosmos autoengendrando-se, encurvando-se para além do Logos e do Pathos, circonvulsionando-se astral e vídico: Á mon seul désir, le désir seul, le Seul et le Désir - yeh usk ali dusk!

Escrutinando as ossadas impares de Ninguém, as máscaras cegas pele deterioração, e eu o coveiro fantasma no meu teatro de esgaravatar, dizendo dos príncipes da Mauritânia e dos finos cabelos de Ofélia. O sopro misteriosófico dos fósseis. As harpas de pedra. As harpas de Górgona. A música crepuscular e metafrígida, intermetropolitana, nas cidades mediúnivcas da menstruação, na fissura das nucas.

Imarginorroncando o Unc. Os sonho dos pássaros (dos corvos). A fala própria. A essência. A Eussânia. A oceaniahossana. A soniossonância. A Soniassianassena. O Sopro Madrecura. Castaintacta.

Mandolina e missa das torres de meus Pais me resgataram para Longas Terras. Ocultos montes hiperionicos, orásticos, mendicininos. Vulcânicas terras em que os espelhos invisionam, se brumisticisam, se afinam em Imagem Erovazia, em Ching & Chang, na solar solidão animal.

E daverbarrocanto. Esculápiamente. Daverbaramente o esculápiocanto. Elle et sa Bête. O odor meridional da mãe. A tradição fulcral do negro. A reparação àgil de uma morte. As flautas da terra… que das raízes soltam o seu súor de comunhão. Ou a barca de negro de negro construída. A barca da nudez. Teu nervo hoje é dor. É negrura. É prisão. É sombra. Na mão ágil que remove as pedras do tempo. Ou: como uma mercadoria que celebra o seu ofício - liberta. Constrói o pensamento sobre o pão. Destrói a mão, o dente.

Menina e moça de casa de meu pai para baixas terras me levaram. Órfã. Flor. Espinho. Pinheiro. Para altas terras me levaram. As janelas da minha agonia debruçavam-se sobre as trevas cegas pela fome e as veias. Os gatos que sussurram nas varandas do prazer, os tigres cujos olhos são ampulhetas delirando fora da gravitação, não presidem eles à festa vulcânica da evacuação? No amor andrógino da participação? Ainda-Ampulheta? - memória exacta!]