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Pedro Proença......
PEDRO PROENÇA EXPÕE NO CONVENTO DE S. PAULO (ESTREMOZ - OUTUBRO DE 2007):
Imagens (slide show)
Texto

Venerados e mui Ilustres Amigos

Inauguro, 6ª feira, 5 de Outubro, às 18 horas, no Convento de S. Paulo (Serra da Ossa, perto de Estremoz) mais uma exposição, neste já longo ano (claro e pois!) trabalhoso, algo cansativo, alegre, divertido, e outros termos que cada um se há-de encarregar de encontrar para si próprio, pois o que é apropriável a sicrano faz arrelianas a fulano. A ida vale a pena pelo convento que é melancólico, fantasmagórico, inquietante, e de uma beleza que (usando e abusando de adjectivos românticos) que é paradoxalmente familiar e extravagante (uf!). Há que ver. Agora, ou noutra altura.

Confesso que estive para não vos dizer nada. Para quê incomodar os meus amiguinhos com mais uma exposiçãozeca? Para quê a maçada de fazer uma viagem de cento e tal quilómetros, gastando o precioso tempo e uma pipa de massa em gasolina, com as crianças a espernear, grunhir e vomitar o carro se calhar com estofos novos? Se ao menos fosse ao virar da esquina... Sim, eu sei como é improvável a vossa divina e misericordiosa comparência (reparem com quem é que vos estou a comparar!...), mas apesar de tudo deixo o recado. As obras são grandes, enormes até, e as imagens-aperitivo que aqui vos deixo são algumas miniaturas das obrinhas mais pequenotas (mesmo assim são grandes demais para a sala!).

Hoje não estou de vos explicar o que lá vai com engenhosas teorias, pomposas intencionalidades e piedéticas desconversas e gargalhadas esmorecentes de fundo.  Posso só adiantar que tem daqueles desenhos muito barrocos do costume (10 metros), um altar-instalação pop-conceptual-construtivista-rococó, esculturas panificas, coisas douradas e etc.. As instruções de deslocação acham-se no link azul azulejo aqui em baixo. E por agora é tudo!

Sítios do Autor

http://www.sandraysonia.blogspot.com/ 
http://juliorato.blogspot.com/ 
http://www.pierredelalande.blogspot.com/
http://www.tantricgangster.blogspot.com/
http://www.budonga.blogspot.com/
http://www.renatoornato.blogspot.com/
 
PEDRO PROENÇA. Nascido por Angola (Lubango) pouco depois de rebentar a guerra (1962), veio para Lisboa em meados do ano seguinte, isso não impedindo porém que posteriormente jornalistas lhe tenham descoberto «nostalgias» de Áfricas. Fez-se rapaz e homem por Lisboa, meteu-se nas artes e tem andado em galantes exposições um pouco por todo o mundo, com incidência particular no que lhe é mais próximo. O verdadeiro curriculum oficial mostra muita coisa acumulada com alguma glória e devota palha. Tem ilustrado livros para criancinhas e não só, não porque lhe tenha dado ganas para isso, mas porque amigos editores lhe imploraram. Também publicou uma estória entre as muitas de sua lavra (THE GREAT TANTRIC GANGSTER, Fenda, em edição que, por estranhos motivos, foi retirada de circulação), um livro muito experimental de ensaios (A ARTE AO MICROSCÓPIO, também da Fenda) e um grosso livro de poemas comentados com imagens (O HOMEM BATATA, editado pelo Parque das Nações). Compõe, mediocramente, musica no seu computador, e é um yogui quase consumado.
 

Pedro Proença. Born Lubango, Angola, 1962. With an exhibition in the Roma e Pavia Gallery in Oporto, at the end of the 80's he begins, a cycle of installations which have continued until today, and make up a work in progress. These works, which use such poor materials as indian ink drawings on paper, are structured according to previous architectures or constructions which emphasise the multiplication of the dynamic planes of framing. In this decade he has exhibited paintings which complement these installations, aiming at serialising the "plurality of the subject", and permanently responding to questions in the artistic field (current ones or uncurrent ones), to which he cannot remain passive. As it is known that he is also engaged in a literary activity which is beginning to be published, his works should be seen as a coming-and-going within this controversial space which confronts images with words, either as "allegorical appearances" or as "narrative possibilities".