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Fernando Botto Semedo
DEUS É AMOR

Num incêndio da memória

Desaparecem as nuvens do dia por horizontes

Da mais profunda saudade, e os pássaros fogem

Atravessando o ar para paragens de uma súbita luz.

 

A minha alma apaga-se com a ausência do sol,

E cai numa profunda oração num ser tão frágil e efémero,

Asfixiado pela dor da passagem do tempo.

 

Um manto negro coberto de estrelas sem nome

Passa pelas ruas eléctricas, apagadas num incêndio

Da memória.