::::::::::::::::::::Rubén Mejía::::::::
Finismare - Index
Saludo

De reojo, soy el pájaro, su gorjeo al alba y sus anillos de

flotación

................sin dejar huella

De reojo, miro el aura de la sombra, las alas de mi ángel entre

los tonos de la llama

..................y doble me incendio

De reojo, soy la memoria abierta en flor donde una mariposa

se posa

Despliego los mapas del mundo: voy marcando en relieve sus montes, sus hombres, mis muertes, su aromar intenso (hago un alto en la escala evolutiva, en mi propia selección natural: apago las luces del hemisferio izquierdo y continúo sólo con el derecho; luego borro el derecho y sigo, hacia adelante y hacia atrás, con el izquierdo; al final, en el punto de fuga, junto ambas vías) y encuentro

contigo

la X del tesoro

De reojo, hago un saludo nuevo a la tierra

.......................................................— y le digo adiós

 

(r.m.)

— noviembre de 2007

Rubén Mejía nasceu na cidade do México, em 1956, e mora na cidade de Chihuahua, ao norte do México, fronteira com os Estados Unidos. Ao longo de 25 anos impulsionou, sempre contra a corrente, a criação de espaços e publicações culturais: a revista artesanal Palavras sem rugas (1981-1982); a coluna jornalística “Letras à margem” (1983-1987); o suplemento semanal “Pró-Logos” (1984-1988) e Azar Revista de literatura (1989-1998), uma das principais publicações culturais da década de 1990, no México. Atualmente é diretor da editora independente Edições do Azar A.C., que traduziu e dissemina no México obras de escritores brasileiros: João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Raimundo Gadelha e do poeta Lêdo Ivo, de quem publicou La tierra allende (2005), sua primeira antologia bilíngüe português-espanhol. Alguns dos livros de Rubén Mejía editados são: Segunda morte (poesia, Universidade Nacional Autônoma de México, 1987); A região romântica. Sete poetas do século XIX em Chihuahua (ensaio, Azar-Ayuntamiento de Chihuahua, 1996), um estudo sobre o extenso e arraigado romantismo regional do norte do México; os poemários Poesiglo e O poesible (Azar - Programa das Fronteiras, 1997), livros que significaram um preâmbulo, uma pré-escritura, da grande saga poética Expírito - multiversos (2000-2007), composta, até o momento, por quatro volumes.