:::::::::::::::::::::LUÍS COSTA::::::::::::
Câmara escura

Como uma câmara escura na escuridão busco um
sinal entre os matagais das estrelas mortas.

Como um cavalo ofegante corro pelas planícies
das auroras sufocadas.

Pássaros caidos no turbilhão dos desfiladeiros.

Um grito escapa-se pelos furos da minha identidade.
A certeza da pedra é a incerteza da pedra.

A palavra sangra. Os sentidos rodopiam. A boca
enche-se-me de caos. Um caos tão frio!...

uma faísca de carne rabisca toda a minha alma.