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Antologia de Poemas

67

Morrer imitando o teu jeito de morrer

é possível se no meu corpo trago o teu encanto

Horas oblíquas do fim que surge da sombra

familiar abaixo do anjo prematuro e veemente

Tudo pode voltar e dar nome ao que senti sempre

A solidão virá modificada e a ausência não será

a mesma nem as coisas dadas por engano

Morrer no teu silêncio amando essa conjunção

que não havia ainda dentro ou fora do tempo

A terra tornou-se outra vez o sentido diferente

do teu corpo submisso ao meu tormento

Que coragem para resistir e emboscar a existência

Afortunada representação do lado novo e antigo

dos sentidos com a inocência feita por si mesma

Mas haja memória na galeria humana dos descrentes

que tudo oferece de mal ou bem no pior silêncio

 

(in “Ocasional Glup”) (c)