MIGUEL GARCIA

Francisco Miguel Gouveia Pinto Proença Garcia
ANÁLISE GLOBAL DE UMA GUERRA
(MOÇAMBIQUE 1964-1974)

Dissertação para a obtenção do Grau de Doutor em História
Universidade Portucalense
Orientação dos: Prof. Doutor Joaquim da Silva Cunha e
Prof. Doutor Fernando Amaro Monteiro
Porto . Outubro de 2001

II Capítulo

A conflitualidade global permanente, o despertar dos movimentos independentistas e a afirmação da soberania portuguesa em Moçambique

4.2. A acção militar

NOTAS

 

(1) Depoimento do Tenente-General Silvino Silvério Marques em 22 de Junho de 1998.

(2) Antunes, José Freire, “A guerra de África 1961- 1974”. Lisboa: Círculo de Leitores, 1995. Vol. I, p. 283.

(3) Decreto-Lei 41559 de 15 de Março de 1958 e Decreto-Lei 41577 de.2 de Abril de 1958.

(4) Segundo o Artigo 1º do Decreto-Lei 41578 de 2 de Abril de 1958, “(...) as forças terrestres estacionadas em cada uma das províncias de Angola e Moçambique constituirão uma Divisão, com sede na respectiva capital (...)”.

(5) AHM, 2-7-148-1, “Relatório da Missão Militar a Moçambique”, EME, 1959.

(6) Idem.

(7) ADIEMGFA, “Directiva do Ministro de Exército” de 22 de Abril de 1959.

(8) Idem, “Directiva de 20 de Janeiro de 1960”, General CEMGFA.

(9) Decreto-Lei 43351, de 24 de Novembro de 1960.

(10) Para Silva Cunha, as tropas portuguesas, apesar de bem instruídas, não se encontravam preparadas para um ataque agressivo. Tendencialmente restringiam-se ao seu aquartelamento/acampamento, reagindo apenas aos ataques inimigos e descurando o princípio básico da ofensiva. Só em 1968 as estruturas superiores das Forças Armadas se voltaram para um novo conceito de organização, que tinha por base as operações de pequenas unidades. In “O Ultramar, a Nação e o 25 de Abril”, pp. 297-299. Júlio de Oliveira afirma que “(...) a tropa de quadrícula estava em contacto com as populações, nos sítios onde a havia, e com isso auto-consumia-se (...)”. In depoimento do Tenente-General Júlio de Oliveira em 15 de Março de 1998.

(11) Em Maio de 1969, os sectores tinham em permanência e com carácter temporário, respectivamente: sector A, 4 companhias (1 de comandos) e temporariamente mais 2 companhias; sector B, 3 companhias (2 de comandos) e 5 temporárias (1 de comandos e duas de paraquedistas); sectores E e F a 2 companhias e uma temporária; in ASDHM, Quartel General, Região Militar de Moçambique, “Directiva N.º 1/69 (para a atribuição, deslocamento e emprego de intervenção da região)”, Nampula, Maio de 1969, Secreto.

(12) Depoimento do Marechal Costa Gomes em 27 de Julho de 1998.

(13) ASDHM, Região Militar de Moçambique, Comando-Chefe de Moçambique, “Directiva N.º 3 e N.º 6 (para a actividade operacional das FAMOC)”, 7 de Maio de 1965 e 17 de Agosto de 1965, Secreto.

(14) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”, pp. 73-89.

(15) Segundo o Relatório do Batalhão de Caçadores 558, a 21 de Agosto uma viatura civil conduzida por um europeu terá sido atingida por dois disparos de canhangulo, e a 24, o Padre Daniel da Missão de Nangololo, terá sido ferido mortalmente. Estas acções foram atribuídas pela FRELIMO à MANU e à UDENAMO. In AHM, “Relatório do Batalhão de Caçadores 558” e, Mondlane, Eduardo, ob. cit., p. 148.

(16) A 25 de Setembro de 1964 proclamou-se: “(...) a FRELIMO proclama hoje, solenemente a insurreição geral armada do Povo Moçambicano contra o colonialismo português para a conquista total da independência. A luta não deverá cessar senão com a liquidação completa do colonialismo português. Unamo-nos do Rovuma ao Maputo (...)”. In Machel, Samora, “O processo da revolução democrática popular em Moçambique”, p. 23.

(17) Mondlane, Eduardo, ob. cit., p. 153.

(18) Idem, p. 152.

(19) Depoimento do Marechal Costa Gomes em 27 de Julho de 1998.

(20) AHM, 2-7-137-3. Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Relatório anual de comando da RMM”, 1962, Secreto. A 10 de Agosto de 1962, o General Caeiro Carrasco assumiu o Comando da Região Militar de Moçambique.

(21) AHM, 2-7-137-4. Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Relatório anual de comando da RMM”, 1963, Secreto.

(22) Afonso, Aniceto; e Gomes, Matos, “Guerra Colonial – Angola-Guiné-Moçambique”. Lisboa: Diário de Notícias, 1998, p. 102-105.

(23) Cunha, Joaquim da Silva, “O Ultramar, a Nação e o 25 de Abril”, pp. 343-344.

(24) Referia a directiva que: “(...) A evolução da situação no Norte de Moçambique aconselha a que se estabeleça uma “zona de intervenção”, que, tendo em conta a distância a que se encontra a sede do Comando-Chefe e dos Comandos dos três ramos das Forças Armadas, deverá possuir comando próprio (...) de orgânica que lhe permita funcionar como comando conjunto (...)”, com os respectivos limites definidos em duas fases, tendo sido numa primeira fase considerados os Distritos “(...) que englobam as áreas afectadas e o Distrito de Moçambique (...)” e numa segunda fase “(...) no seu máximo desenvolvimento, mais os Distritos de Tete e da Zambézia (...)”. In ADIEMGFA, Secretariado-Geral da Defesa Nacional, “Directiva N.º 22”, Setembro de 1965, Lisboa, Secreto.

(25) ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, Gabinete Militar, “Directiva N.º 9/65 (COMANDOS)”, de 22 de Setembro de 1965, Lourenço Marques, Secreto.

(26) A ZIN foi dividida nos sectores Alfa, Bravo e Charlie, correspondendo respectivamente ao Distrito do Niassa e a parte do de Cabo Delgado, limitada pela região dos rios Lugenda-Luambexe-Nuxurrumo-Messalo-Lucinge-Lugenda, ao Distrito de Cabo Delgado (excepto as regiões atribuídas ao Sector Alfa) e ao Distrito de Moçambique (excepto as regiões atribuídas ao Sector Alfa). In ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, Gabinete Militar, “Directiva N.º 9/65 (COMANDOS)”.

(27) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo das nossas forças – Moçambique”, p. 67. O gabinete militar do Comando-Chefe coordenava as actuações dos três ramos das Forças Armadas, e permitia o intensificar em colaboração com os diversos governadores distritais, a reunião e defesa das populações e, o esforço de mentalização junto das unidades, sobre a importância da conquista da adesão das populações. Depoimento de Augusto dos Santos. In Antunes, José Freire, “A Guerra de África”, Vol. I, p. 292.

(28) AHM, 2-7-138-2. Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Relatório anual de comando da RMM”, 1965, Secreto.

(29) Particularmente na Circunscrição do Lago, para Norte de Metangula, e área de Macaloge, procurando estender a sua actividade para Sul e Este. Possuía comandos regionais em Mtwara e Songea, na Tanzânia, dispondo ainda este último de dois sub-comandos em Zomba e Limbe, no Malawi, com a finalidade de auxiliarem a infiltração no Sul do distrito e na Zambézia.

(30) Em Cabo Delgado, a sua actividade era considerada mais dispersa e menos intensa no planalto dos Macondes, desenvolvendo contudo acções de guerrilha a Sul do rio Messalo e um forte aliciamento das populações nas áreas de Balama e Montepuez. As informações militares portuguesas delimitavam a organização da FRELIMO em Cabo Delgado, a Norte do Lúrio, onde fora imposta a compra de cartões e onde o armamento era rudimentar. Uma mensagem de 16 Março de 1965 refere “(...) região de Pundanhar (4005.1051) foi imposta compra cartões FRELIMO, grande número Macondes armados canhangulo (...) grupo Macondes armados flechas, zagaias, catanas atacaram povoação (...)”. In Arquivo Nacional – Torre do Tombo, AOS/CO/ PC – 78I.

(31) ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, Gabinete Militar, “Directiva N.º 9/65 (COMANDOS)”.

(32) Depoimento do Marechal Costa Gomes em 27 de Julho de 1998.

(33) ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Ordem de Batalha da FRELIMO (Composição e Dispositivo)”, Supintrep n.º 24.

(34) A organização vertical da FRELIMO consistia no Comité Central, Comité de Velhos (órgão consultivo), Comité de Província, Comité de Distrito, Comité de Localidade e Sub-Comités. O Comité de Distrito estava junto ao Branch. In ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, Supintrep n.º 16, Outubro de 1965, Confidencial.

(35) Chambino, Fernando Martins, “Subversão em Cabo Delgado, contribuição para o seu estudo”. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, Universidade Técnica de Lisboa, 1968, p. 484.

(36) Campo de instrução e treino, com população, comandada por dois chairmen e um secretário.

(37) Locais de concentração e controlo das populações fugidas, as quais forneciam alimentos aos Bolanges e participavam no corte de estradas.

(38) Cahen, Michael, “ La Révolution Implosée – études sur 12 ans d’indépendence (1975-1987)”, p. 83.

(39) Mondlane, Eduardo, ob. cit., pp. 167-168.

(40) Christie, Iain, ob. cit., p. 77-78.

(41) Frente de Libertação de Moçambique, Resoluções do Comité Central, Abril de 1969. Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, Caixa 21/G.

(42) Depoimento do General Sebastião Mabote em 2 de Setembro de 1998.

(43) FRELIMO, “O processo revolucionário da guerra popular de libertação”, p. 83.

(44) Discurso de comemoração do 10º Aniversário da FRELIMO. Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, Caixa 23/TY.

(45) Criado no segundo congresso da FRELIMO o destacamento feminino tinha por missões: a) a mobilização e organização das massas populares; b) o recrutamento de jovens de ambos os sexos, para envolvê-los na luta armada; c) a produção; d) o transporte de material; e) a protecção militar das populações. In Machel, Samora, “O processo da revolução democrática popular em Moçambique”, p. 119.

(46) Arquivo Nacional – Torre do Tombo, AOS/CO/ PC – 78I – Mensagens sobre a situação político-militar 1962-1966, 23 de Agosto de 1966, Muito Secreto.

(47) ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Resumo da evolução da situação nos países vizinhos e partidos emancipalistas e das actividades do Inimigo”, Supintrep n.º 21.

(48) A FRELIMO cercava nesta data Porto Amélia, e no Niassa, onde a situação era mais crítica, avançara até à linha Marrupa-Maula, aproximando-se das fronteiras das províncias de Moçambique e Zambézia e criando, a Ocidente, condições para desenvolver a luta em Tete e na Zambézia. In Mondlane, Eduardo, ob. cit., p. 171.

(49) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”, p. 68.

(50) O Sector de Cabo Delgado, com sede em Porto Amélia (Sector B, que se manteve), os do Niassa, com sede em Vila Cabral (Sector A, retirados os Batalhões de Marrupa e Nova Freixo) e em Marrupa (Sector E), o sector Charlie (Nampula) e Delta (Quelimane). In Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”, pp. 123-143.

(51) Coelho, João Paulo Borges, “O início da luta armada em Tete, 1968-1969: a primeira fase da guerra e a reacção colonial”, p. 78.

(52) Depoimento do General Pedro Cardoso em 8 de Agosto de 1995.

(53) Depoimento do Marechal Costa Gomes em 27 de Julho de 1998.

(54) Idem.

(55) ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Resumo da evolução da situação nos países vizinhos e partidos emancipalistas e das actividades do Inimigo”, Supintrep n.º 21. De acordo com depoimento do Marechal Costa Gomes, a FRELIMO “(...) começava a ter uma organização melhor, armamento e capacidade de comando; no início não, depois foram ajudados, muito especialmente por Israel (...)”.

(56) ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Resumo da evolução da situação nos países vizinhos e partidos emancipalistas e das actividades do Inimigo”, Supintrep n.º 21.

(57) Coelho, João Paulo Borges, “A primeira frente de Tete e do Malawi”. “Arquivo”, Maputo: N.º 15, (Abril de 1994), p. 68.

(58) Idem, “O início da luta armada em Tete, 1968-1969: a primeira fase da guerra e a reacção colonial”, p. 23.

(59) ADIEMGFA, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Potencial de combate das forças da FRELIMO”, Supintrep n.º 18, Dezembro de 1968, Reservado. Segundo este relatório as forças empenhadas seriam:

FPLM: Niassa, 1900 Homens, Cabo Delgado, 2.300 a 2.500 Homens;

Milícias: Niassa, 800 Homens, Cabo Delgado, 2.500 Homens;

Grupos Femininos: Niassa 125, Cabo Delgado, 26.

Estes números perfaziam aproximadamente 7.800 efectivos armados, valores estimados e aproximados, aos quais se adicionariam 1.500 reservas na Tanzânia e 500 no Malawi.

(60) AHD, PAA 523, Embaixada de Portugal em Copenhaga, estratos e tradução de imprensa, 7 de Outubro de 1967.

(61) ASDHM, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Directiva N.º 7/68 (para a actividade contra o Inimigo no conjunto da Província)”, de 19 de Abril de 1968, Nampula, Secreto.

(62) Coelho, João Paulo Borges, “O início da luta armada em Tete, 1968-1969: a primeira fase da guerra e a reacção colonial”, p. 92.

(63) ASDHM, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Directiva N.º 7/68”.

(64) Idem, “Directiva N.º 2/68”, Abril de 1968, Nampula, Secreto.

(65) Idem, “Directiva N.º 8/68 (para a actividade operacional no Distrito de Cabo Delgado)”, de 15 de Maio de 1968, Nampula, Secreto.

(66) Idem, “Directiva N.º 10/68 (para o prosseguimento da actividade operacional no Distrito do Niassa)”, de 26 de Agosto de 1968, Nampula, Secreto.

(67) Idem.

(68) Idem.

(69) Idem, “Directiva N.º 7/68 (para a actividade contra o Inimigo no conjunto da Província)”, de 19 de Abril de 1968, Nampula, Secreto.

(70) Idem, “Directiva N.º 8/68 (para a actividade operacional no Distrito de Cabo Delgado)”.

(71) Idem.

(72) Idem, “Directiva N.º 9/68 (Para a acção contra a realização do 2º Congresso da FRELIMO)”, de 28 de Julho de 1968, Nampula, Secreto.

(73) Idem, “Directiva N.º 3/69 (para o prosseguimento da actividade operacional nos Distritos de Niassa, Cabo Delgado e Tete, a partir do início da época seca)”, de 16 de Abril de 1969, Nampula, Secreto.

(74) As restantes bases no Niassa eram: Beira, Nausache, Chipamalu, Bissau, Iambene, Guiné, Nova Freixo, Catembe, Maguiguane, Lumumba. Gungunhana, Mepoxe, Nampula, Chissindo, Catur, Chala, Makangila e Maleta. In ASDHM, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Directiva N.º 3/69 (para o prosseguimento da actividade operacional nos Distritos de Niassa, Cabo Delgado e Tete, a partir do início da época seca)”, de 16 de Abril de 1969, Nampula, Secreto.

(75) Idem.

(76) Idem.

(77) Frente de Libertação de Moçambique, Resoluções do Comité Central, Abril de 1969. Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, Caixa 21/G.

(78) ADIEMGFA, PIDE Moçambique, Informação N.º 360 – SC/CI (2), de 25 de Março de 1969, Secreto.

(79) Idem, Quartel General da Região Militar de Moçambique, “Resumo da evolução da situação nos países vizinhos e partidos emancipalistas e das actividades do Inimigo”, Supintrep n.º 21.

(80) Idem, “Directiva N.º 4/69 (para criação duma faixa neutralizada, duma zona de acção condicionada e duma zona de segurança no sector F, na fronteira com a Zâmbia)”, Nampula, 12 de Maio de 1969, Secreto.

(81) Decreto-Lei N.º 49107, de 7 de Julho de 1969.

(82) Artigo 1.º do Decreto-Lei N.º 49107, de 7 de Julho de 1969.

(83) Artigos 12.º a 16.º do Decreto-Lei N.º 49107, de 7 de Julho de 1969. A estas forças competia: contribuir para a protecção geral da província, assegurando a defesa de pontos sensíveis e garantindo as possibilidades de utilização das vias de comunicação; organizar o serviço de informação na sua área de responsabilidade, incluindo todos os dados sobre o terreno e a população; colaborar com as autoridades administrativas e forças militarizadas na protecção das populações; evitar que o inimigo se estabelecesse na sua área e, quando tal acontecesse, aniquilá-lo ou, no mínimo, isolá-lo em zona de refúgio; exercer acção psicológica sobre o inimigo; servir de base a unidades de intervenção e ao seu apoio administrativo e logístico; mobilizar outras unidades ou formações; e servir, quando necessário, de centros de instrução.

(84) Artigos 17.º a 19.º do Decreto-Lei N.º 49107, de 7 de Julho de 1969.

(85) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”, p. 155.

(86) Caetano, Marcello, “Depoimento”, p. 169.

(87) Antunes, José Freire, “A guerra de África 1961- 1974”. Vol. I, p. 282.

(88) Idem, p. 280.

(89) A este propósito basta efectuar uma leitura do seu livro “Guerra e Política – em nome da verdade os anos decisivos”. Amadora: Edições Referendo, 1987.

(90) Arriaga, Kaúlza de, “Guerra e política – em nome da verdade – os anos decisivos”, pp. 49-50.

(91) Comunicado do Comité Central a 22 de Maio de 1970. In FRELIMO, “O processo revolucionário da guerra popular de libertação”, p. 129.

(92) Nesta operação foram empenhados 7 Comandos Operacionais, 7 Companhias de Caçadores, 4 Batarias, 3 Esquadrões, 2 Destacamentos de Fuzileiros, 5 Companhias de Comandos, 4 Companhias Paraquedistas, 3 Grupos Especiais, 2 Esquadrões de Reconhecimento, 1 Companhia de Morteiros Médios, 3 Batarias de Campanha e 2 Companhias de Engenharia. In ASDHM, Comando Operacional das Forças de Intervenção, “Relatório de Acção n.º 1/72, Operação Nó Górdio”, Nampula, 8 de Janeiro de 1972, Confidencial.

(93) Idem.

(94) Idem.

(95) Idem.

(96) Depoimento do Prof. Doutor Joaquim da Silva Cunha em 12 de Março de 1998.

(97) Idem

(98) FRELIMO, “O processo revolucionário da guerra popular de libertação”, p. 175.

(99) Arriaga, Kaúlza de, ob. cit., p. 324.

(100) AHM, 2-7-115-14, Nota N.º 116/72, de 22 de Fevereiro de 1972, do Comando-Chefe de Moçambique, Região Militar de Moçambique, Comando de Cargas Críticas, “Factos e Feitos mais importantes”, 30 de Junho de 1974.

(101) Idem.

(102) Munslow, Barry, “ Mozambique, the revolution and its origins”, p. 115.

(103) Depoimento do Tenente-General Abel Cabral Couto em 21 de Maio de 1998.

(104) A região do planalto de Chimoio, o Parque Nacional da Gorongosa, a região Dondo-Beira e a região Sena-Vila Fontes; in ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, “Directiva Operacional N.º 7/73 (para a defesa do CTC)”, Nampula, 6 de Julho de 1973, Secreto.

(105) Idem, “Directiva operacional N.º 4/73 (para a actividade do COFI na região a Sul dos rios Luenha e Zambeze)”, Nampula, 4 de Julho de 1973, Secreto.

(106) Idem, “Directiva operacional N.º. 7/73 (para a defesa do CTC)”.

(107) Idem, “Directiva operacional N.º. 8/73 (para a defesa da ZOT)”, Nampula, 12 de Julho de 1973, Secreto.

(108) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”. pp. 171-182.

(109) ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, “Directiva operacional 10/73 (para a remodelação do dispositivo na ZOT)”, Nampula, 10 de Julho de 1973, Secreto. O dispositivo passou a contar com: Sector F constituído por Comando em Tete, onde tinha um comando de Batalhão de Caçadores ou equivalente, outro Batalhão em Changar e em Caldas Chavier ou equivalente; o Sector H, com o comando em Furancungo, onde tinha também um comando de Batalhão de Caçadores ou equivalente, outro em Sabondo; o Comando Operacional da Defesa de Cabora Bassa, com sede em Estima, com um Batalhão de Caçadores em Fingoé ou equivalente e outro na Chicoa. A ZOT contava ainda com 5 unidades tipo Companhia de Caçadores para intervenção e 25 GE, e 3 unidades tipo Companhia para apoio de combate.

(110) Idem, “Directiva de planeamento operacional 11/73 (para a actividade operacional das Forças Armadas em Tete, Niassa, Cabo Delgado e a Sul dos rios Luenha e Zambeze no mês de Outubro de 1973)” Nampula, 5 de Setembro de 1973, Secreto; “Directiva de planeamento operacional 12/73 (para a actividade operacional das Forças Armadas em Tete, Niassa, Cabo Delgado e a Sul dos rios Luenha e Zambeze no mês de Novembro de 1973)” Nampula, 5 de Outubro de 1973, Secreto; “Directiva de planeamento operacional 13/73 (para a actividade operacional das Forças Armadas em Tete, Niassa, Cabo Delgado e a Sul dos rios Luenha e Zambeze no mês de Dezembro de 1973)” Nampula, 9 de Novembro de 1973, Secreto; e “Directiva de planeamento operacional 14/73 (para a actividade operacional das Forças Armadas em Tete, Niassa, Cabo Delgado e a Sul dos rios Luenha e Zambeze no mês de Outubro de 1973)” Nampula, 7 de Dezembro de 1973, Secreto.

(111) Machel, Samora, “O processo da revolução democrática popular em Moçambique”, pp. 65-66.

(112) Depoimento do Prof. Doutor Joaquim da Silva Cunha em 12 de Março de 1998.

(113) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 4º volume, Dispositivo da nossas forças – Moçambique”, pp. 183-185.

(114) ASDHM, Comando-Chefe de Moçambique, “Directiva para o reforço do CTC”, Nampula, 8 de Janeiro de 1974, Secreto.

(115) Idem, ASDHM, “Directiva de planeamento operacional 1/74 (para a actividade operacional das Forças Armadas em Tete, Niassa, Cabo Delgado e a Sul dos rios Luenha e Zambeze no mês de Fevereiro de 1974)” Nampula, 5 de Janeiro de 1974, Secreto.

(116) Reforçado com uma Companhia de Comandos, uma de paraquedistas e um Grupo Especial Paraquedista, por forma a garantir aquela circulação. In Comando-Chefe de Moçambique, “Directiva operacional 2/74 (para o reforço do dispositivo do CTC na área de Inhaminga)”, Nampula, 23 de Fevereiro de 1974, Secreto.

(117) Idem, “Directiva Geral de Contra-Subversão «Rumo Norte»”, Nampula, Março de 1974, Secreto.

(118) Idem.

(119) Idem.

(120) Idem.

(121) Idem.

(122) Machel, Samora, “O Processo da revolução democrática popular em Moçambique”, pp. 34-41.

(123) Depoimento de Sérgio Vieira em 2 de Setembro de 1998.

(124) ASDHM, Quartel General, Região Militar de Moçambique, “Directiva N.º 1/69 (para a defesa de Lourenço Marques contra a subversão)”, Nampula, 22 de Fevereiro de 1969, Secreto. O mesmo se aplicava a para Nampula e a todos os grandes centros populacionais.

(125) Estado-Maior do Exército, Boletim de Informação, N.º 4, Fevereiro de 1965, Reservado, p. 16.

(126) Este Curso era frequentado pelos subalternos das companhias mobilizadas, pelos comandantes de pelotão e de secção de Reconhecimento e Informação e dos pelotões de sapadores. In Comissão de Estudos das Campanhas de África, “Resenha Histórico Militar das Campanhas de África – 1' Volume – Enquadramento Geral”, pp. 327 e 345.

(127) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Subsídios para o estudo da doutrina aplicada nas Campanhas de África (1961-1974)”, pp. 138-139.

(128) Depoimento do Dr. Fausto Proença Garcia em 24 de Fevereiro de 1999.

(129) Depoimento do Tenente-General Júlio de Oliveira em 15 de Março de 1998.

(130) Idem.

(131) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 1º volume, Enquadramento Geral”, pp. 331-337.

(132) Depoimento do General Almiro Canelhas em 23 de Dezembro de 1998.

(133) Caetano, Marcello, “Depoimento”, p. 176. De acordo com o Coronel Nelson Santos, instrutor do Curso de Oficiais em Mafra entre 1969 e 1974, a instrução decorria com normalidade, contudo, nos intervalos, discutia-se e reflectia-se sobre a situação militar e ultramarina e mesmo sobre o próprio regime. In depoimento do Coronel Nelson dos Santos em 20 de Abril de 1999.

(134) Depoimento do Tenente-General Almiro Canelhas em 23 de Dezembro de 1998.

(135) Carrilho, Maria, “Forças Armadas e Mudança Política em Portugal no séc. XX – para uma explicação sociológica do papel dos militares”. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1985, pp. 340-408.

(136) Neste estudo optamos por apelidar o recrutamento local por localização das forças, em vez do tradicional termo de africanização, uma vez que, na época, os territórios em África eram constitucionalmente portugueses, sendo obrigação de todos os portugueses (da metrópole e da província) assegurar a soberania desses territórios.

(137) Caetano, Marcello, “Depoimento”, p. 169.

(138) Silva Cunha, Joaquim da, “A Nação, o Ultramar e o 25 de Abril”, p. 295.

(139) Mouzinho referiu: “(...) em geral os officiaes da província, ou com longos annos de serviço no ultramar, apresentavam a vantagem de viver bem com os recursos que encontravam nos postos mais isolados e resistiam melhor às febres e à influencia deletéria do isolamento (...). In Albuquerque, Mouzinho de, “Moçambique 1896- 1898”. Lisboa: Manuel Gomes Editor, 1899, p. 84.

(140) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 1º volume, Enquadramento Geral”, p. 261.

(141) Isaacman, Allen e Barbara, “ Mozambique, from Colonialism to Revolution (1900-1982)”. Boulder, Colorado: Westview Press, 1983, p. 80.

(142) Depoimento do Tenente-General Júlio de Oliveira em 15 de Março de 1998.

(143) Comissão para o Estudo das Campanhas de África, “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 1º volume, Enquadramento Geral”, p. 390.

(144) AHM, 2-7-114-7, ano 1973.

(145) Idem, ano 1974.

(146) AHM, 2-7-114-7, ano 1973.

(147) Cann, John, ob. cit., p. 134.

 
 

 




 



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