Cadernos do ISTA . número 17
A verdade em processo

Luís de França
O ESPLENDOR DA VERDADE
– AS VERDADES DA FÉ

 
Preliminares
1. O que é a verdade?
1.1. Verdade do Evangelho e doutrina
1.2. A Verdade como promessa
1.3. A Verdade como testemunho profético -
2. O Poder e a Verdade –
3. Verdade da fé cristã - o lugar da teologia
3.1. Função da teologia na busca da verdade
3.2 A teologia como pratica social
4. Verdades da fé - o lugar da doutrina
4.1. Relação entre verdade e história
4.2 Verdade e história -
4.3 Interpretação doutrinal dos dados históricos –
4.4. Do bom ou mau uso do Denziger
5. Exercício do Magistério
5.1.Evolução irreversível da consciência moderna
5.2. A recepção na Igreja
Epílogo - O Esplendor da Verdade

1.2 A Verdade como promessa

Recordação e expectativa vão de par – Deus manifesta-se o mesmo que ele foi e que ele será. Conhecer Deus, é reconhecê-lo, reencontrá-lo pondo nele a sua confiança. A promessa de presença de Yahvé ao seu povo é introduzida pela lembrança do que ele já conheceu: “Sou o Deus protector de teus pais – Deus de Abraão. Deus de Isaac, Deus de Jacob (Ex 13:15-16).

A verdade consiste nesta identificação consigo mesmo que podemos definir, mais precisamente como verificação por ela-mesma de uma promessa pela sua realização, e que representa por sua vez nova promessa. No interior da história, a verdade permanece sempre uma promessa, ela nunca se deixa delimitar adequadamente em definições ou proposições, mas permanece aberta ao futuro sempre mais vasto de Deus. A verdade no sentido bíblico comporta sempre um elemento de surpresa, de novidade de mais além.

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