ALESSANDRO

ZIR

 

Estilhas de um vampiro

bem refletido

 

Capítulo 12: o que significa desaparecer na sombra (des mères profanées III)
 


Depois de esvaziar o último copo da poção mágica, Olek decalcou-se como uma rosa pintada no muro branco. E eis que imediatamente surgiu, como que do nada, a antiga borboleta, a projetar sobre a rosa todo o prazer que poderia experimentar. Mas era Olek quem de fato existia, a quem, no disfarce de rosa, ela perseguia, ela tocava e perdia, consecutivamente, em seu vôo cambaleante e fugidio, indiferente ao futuro, que, por fim, de uma vez por todas, os engoliu, num ato de voluptuosidade suprema, na qual se destilaram intactos, ao infinito, ao mesmo tempo que pareciam ser trucidados.