ARPEJOS DE UMA VIANDANTE / LIMIAR BREVE (5) HELENA LANGROUVA (PINTURA E TEXTOS) 11-07-2003 triplov.com |
Sereno delírio do barco Rota rente Leme lívido Fantasma fingido Pisar a areia mediterrânica Conchas húmidas de ser Revivem o curso dos anos Brisa e bafo Acolhem pranto Rochas restos de cordas Vestígios de passos mornos O tempo vivo acaricia O paraíso da memória | ||
Passos ritmados Cavalos distantes Aspiram a noite Mítica claridade Fontes refluem correntes De vida ancestral Segredos lustrados Na pedra do rio Abraços de seiva Araucárias magnólias Erguem-se com requinte Paraíso de brumas Castelos imersos Subterrâneos rosacruzes Mouras encantadas Abafam sonhos nuvens nada | ||
Flauta minha Que cansaste de tanger O passado de Sião Os salgueiros secaram Não podes repousar Nem calar teu pranto Flauta e lira concertadas Contrapontos Arpejos Melodias Harmonias sincopadas Meandros evidentes Vida decantada Canto de sofrimento Em registo mais que humano | ||
Vivência viragem mudança | ||
Em Sète vivi a tua morte Sonhando no cemitério marinho Onde partilhas no estio A visão dos magos | ||
Tantas máscaras Para esconder tua dor Essas redes de aventura Golfos de amargura Que te esmagam em relâmpagos | ||
Para abraçar a lua Esgotaste as brumas Dos caminhos de areia Tua sede de eternidade Tomou tua alma e corpo Magas estrelas Esperam-te em chama | ||
Fidelitas Fé prolongada Nome no limiar dos altares Sonho em voto Procura no coração dos homens Dom de cada instante Canto no sofrimento Amor na liberdade | ||
Música | ||
O canto do cisne Plenitude Que embala todo o canto Apaga a incerteza | ||
Procuro verdade Via Olhar nítido do universo Beleza da minha voz Canto concerto Todos os hinos cósmicos Dançam na alma Desafiam viagem | ||
Viagem canto |