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REVISTA TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências

ISSN 2182-147X
NOVA SÉRIE

 

 







Maria Estela Guedes
Foto: Ed. Guimarães

Queimadas em Britiande, o meu agradecimento

Na semana passada, a Elsa e o marido, senhor João Lima, avisaram que alguém tinha andado a pegar fogo às silvas na zona da Quelha da Azenha, e que tinham chegado à cabana onde guardo uns baldes de água e outras coisas necessárias à pouca atenção que tenho prestado ao meu arboreto, inaugurado em maio do ano passado.

Hoje fui lá ver, realmente o socalco superior ao campo, eriçado de matagal, está limpo, bem como a entrada, sempre difícil de livrar dessas maravilhosas mães das amoras que, salvo essa dádiva, são grande obstáculo à manutenção dos campos.

Indaguei a quem trabalhava acima a quem devia agradecer o serviço de limpeza, responderam que pensavam ter sido eu a mandar fazer a queimada. Ora eu não fui e ninguém na vila viu mais do que chamas e terreno queimado. O trabalho foi bem feito, não houve estragos, apenas benefícios. Só tenho por isso de agradecer, pela parte que me coube, a quem limpou o acesso ao arboreto e queimou o monte de silvas que asfixiava a choupana. Entendo no entanto que os lavradores deviam ser avisados. Na Internet não descobri nenhum site identificado como Serviços de Prevenção e Combate a Incêndios, organismo que, a existir, é o mais provável autor das queimadas. Esse organismo devia manter uma linha de comunicação fácil com o público. Quem opera nessa área são os Bombeiros? Os Serviços Florestais?

Aqui deixo um agradecimento aos benfeitores anónimos, rogando que para a próxima avisem, ou deixem ao menos um cartão de visita, para evitar sustos e surpresas.

O socalco superior ao carreiro, a monte, por isso coberto de matagal, foi limpo, bem como a parte exterior da choupana, que eu já tinha mandado livrar das silvas no ano passado, mas que agora, com a primavera, começariam a rebentar de novo.

 

Casa dos Banhos, 25 de fevereiro de 2012

Maria Estela Guedes (1947, Britiande / Portugal). Diretora do Triplov

Membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Sociedade Portuguesa de Autores, do Centro Interdisciplinar da Universidade de Lisboa e do Instituto São Tomás de Aquino. Directora do TriploV.

LIVROS

“Herberto Helder, Poeta Obscuro”. Moraes Editores, Lisboa, 1979;  “SO2” . Guimarães Editores, Lisboa, 1980; “Eco, Pedras Rolantes”, Ler Editora, Lisboa, 1983; “Crime no Museu de Philosophia Natural”, Guimarães Editores, Lisboa, 1984; “Mário de Sá Carneiro”. Editorial Presença, Lisboa, 1985; “O Lagarto do Âmbar”. Rolim Editora, Lisboa, 1987; “Ernesto de Sousa – Itinerário dos Itinerários”. Galeria Almada Negreiros, Lisboa, 1987 (colaboração e co-organização); “À Sombra de Orpheu”. Guimarães Editores e Associação Portuguesa de Escritores, Lisboa, 1990; “Prof. G. F. Sacarrão”. Lisboa. Museu Nacional de História Natural-Museu Bocage, 1993; “Carbonários : Operação Salamandra: Chioglossa lusitanica Bocage, 1864”. Em colaboração com Nuno Marques Peiriço. Palmela, Contraponto Editora, 1998; “Lápis de Carvão”. Apenas Livros Editora, Lisboa, 2005; “A_maar_gato”. Lisboa, Editorial Minerva, 2005; “À la Carbonara”. Lisboa, Apenas Livros Lda, 2007. Em co-autoria com J.-C. Cabanel & Silvio Luis Benítez Lopez; “A Boba”. Apenas Livros Editora, Lisboa, 2007; “Tríptico a solo”. São Paulo, Editora Escrituras, 2007; “A poesia na Óptica da Óptica”. Lisboa, Apenas Livros Lda, 2008; “Chão de papel”. Apenas Livros Editora, Lisboa. 2009; “Geisers”. Bembibre, Ed. Incomunidade, 2009; “Quem, às portas de Tebas? – Três artistas modernos em Portugal”. Editora Arte-Livros, São Paulo, 2010. “Tango Sebastião”. Apenas Livros Editora, Lisboa. 2010. «A obra ao rubro de Herberto Helder», São Paulo, Editora Escrituras, 1010; "Arboreto». São Paulo, Arte-Livros, 2011; "Risco da terra", Lisboa, Apenas Livros, 2011.

ALGUNS COLECTIVOS

"Poem'arte - nas margens da poesia". III Bienal de Poesia de Silves, 2008, Câmara Municipal de Silves. Inclui CDRom homónimo, com poemas ditos pelos elementos do grupo Experiment'arte. “O reverso do olhar”, Exposição Internacional de Surrealismo Actual. Coimbra, 2008; “Os dias do amor - Um poema para cada dia do ano”. Parede, Ministério dos Livros Editores, 2009. Entrada sobre a Carbonária no Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal, Lisboa, Gradiva Editora, 2010. "Munditações", de Carlos Silva, 2011. "Se lo dijo a la noche", de Juan Carlos Garcia Hoyuelos, 2011; "O corpo do coração - Horizontes de Amato Lusitano", 2011.

TEATRO

Multimedia “O Lagarto do Âmbar, levado à cena em 1987, no ACARTE, Fundação Calouste Gulbenkian, com direcção de Alberto Lopes e interpretação de João Grosso, Ângela Pinto e Maria José Camecelha, e cenografia de Xana; “A Boba”, levado à cena em 2008 no Teatro Experimental de Cascais, com encenação de Carlos Avilez, cenografia de Fernando Alvarez  e interpretação de Maria Vieira.