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HÉLIO RÔLA...

Objeto morto

 

"Condenados, assassinos proscritos, fascinados por ela, convertemos a morte em espetáculo e narrativa; ela não cessa de frequentar nossas representações; talvez não exista representação a não ser a dela. Como sacerdotes, presidimos as cerimônias fúnebres; como guerreiros, conquistadores ou defensores, nós matamos; como agricultores, enterramos a semente; como pastores, criamos carneiros para depois sacrificá-los. Preces, conflitos, nutrição, nossas práticas engendram a morte. Nossos saberes também: teriam eles existido sem que tivéssemos diante de nós, cativo em nossas mãos, um objeto imobilizado, o esqueleto de um esboço, um conceito fantasmático... sem que transmitíssemos sua sombra de geração em geração? Os cadáveres nos perseguem de tal maneira que, a todo instante, assombram as telas de televisão no interior da caverna dos nossos quartos de dormir.

Objeto: morte, túmulo, estátua, idéia, fantasma"  

 

Michel Serres   Ramos  Ed Bertrand Brasil 

 

 O que poderíamos entender por matriz ética do fazer científico?

 

Saudações da pARTE do Hélio Rôla 

Fortaleza é nossa debilidade