O Jardim dos Frades –
Deambulações pelo Aqueduto da Prata
Marjoke Krom e Mariana Valente
O Começo: O enigma de um muro de pedra
No princípio era o muro... (Ilustração 1)
Um muro descoberto por acaso deambulando pela paisagem exuberante junto ao Aqueduto da Prata cuja água brota nas minas da Graça do Divor e que Camões refere no canto III dos Lusíadas (1):
Onde ora as águas nítidas de argento
Vêm sustentar de longo a terra, e a gente;
Pelos arcos reais que cento e cento
Nos ares se alevantam nobremente
Maravilhadas, tentámos ver do lado de lá do muro para desvendar segredos do espaço
misterioso, decifrar vestígios, sinais da passagem do tempo.
(Ilustração 2)
Encetou-se uma descoberta a quatro tempos, a quatro mãos, de múltiplos olhares, de múltiplos sentidos.
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