MEDITANDO SOBRE O PARAÍSO
Por HELENA LANGROUVA
Doutorada pela Universidade Nova de Lisboa


O paraíso reencontrado, místico,
caminho para a contemplação de Deus

Não iremos comentar escritos de Hermes Trismegisto, nem vertentes do hermetismo. Procuraremos estabelecer uma ponte entre o hermetismo e o neo-platonismo através de uma breve meditação sobre a importância da procura do paraíso perdido, sobre o paraíso reencontrado, através da procura espiritual, despojada de paixões – apatheia –, através do diálogo liberto com Deus, a confiança em Deus – parrhesia – como caminho para a contemplação, segundo a teologia mística cristã de inspiração neoplatónica, sobretudo procura e/ou reencontro com a felicidade e/ou o paraíso.

Neste sentido, o paraíso situa-se num espaço interior do homem, é conducente à luz que atravessa o tempo e se prolonga para além do tempo reduzido à medida dos humanos. Trata-se de peregrinar num campo, num espaço invisível e interior que é em si próprio o paraíso como caminho de procura de luz, não esquecendo a travessia da sombra, o enigma e o segredo.

Faremos uma breve síntese meditativa sobre o pensamento do teólogo místico, padre da Igreja grega e bispo (372-385) São Gregório de Nissa sobre o paraíso reencontrado, caminho para a theoria ou contemplação de Deus. O pensamento do bispo de Nissa (entre 372 e 385) é herdeiro de uma tradição vinda de Clemente de Alexandria, de Orígenes, irá influenciar o pensamento de Dinis o Areopagita. A sua teologia mística é sobretudo fruto de uma experiência pessoal. Esta nossa meditação segue de perto alguns comentários de Jean Daniélou, na sua obra maior intitulada Platonisme et Théologie Mystique. Doctrine Spirituelle de Saint Grégoire de Nysse.

 

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Última Actualização:
09-Aug-2006