O JARDIM NOS MITOS DA CRIAÇÃO DO MUNDO
Alexandra Soveral Dias e Ana Luísa Janeira

INDEX

Sumário
PARTE I
O JARDIM NOS MITOS DA CRIAÇÃO DO MUNDO
A questão das Origens ou quem somos de onde vimos, para onde vamos?
O jardim original
Outros jardins mitológicos
Árvores mitológicas
Conjecturas sobre a origem do Jardim do Éden

PARTE II
EXPLICAÇÃO, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO NOS MITOS DE CRIAÇÃO:
A recriação do mito fundador do Éden por terras brasílicas
Explicação, compreensão e interpretação nos mitos de criação
A recriação do mito fundador do Éden por terras brasílicas

NOTAS E REFERÊNCIAS

Conjecturas sobre a origem do Jardim do Éden

Várias semelhanças entre a narrativa do Génesis e os mitos mesopotâmicos justificam algumas conjecturas que brevemente se indicam.

(1) A palavra suméria «edin», significa planície, planície não cultivada ou planície desértica, sendo muito semelhante a Éden é possível que possa estar na sua origem (19, 20,21).

(2) Nos mitos sumérios os deuses seniores Anunnaki e os deuses juniores Igigi viviam na terra em cidades que construíam para si próprios e eram abastecidas por jardins irrigados cultivados pelos Igigi. Os homens foram criados nessas cidades ou trazidos para essas cidades para libertarem os Igigi das tarefas de cuidar do jardim (19, 21).

(3) Finalmente num mito sumério complexo encontra-se um paraíso divino, também um jardim, numa localização coincidente com a do Éden, além disso este mito fornece uma possível explicação para a origem de Eva numa costela de Adão.

O jardim paradisíaco dos deuses sumérios foi criado em Dilmum, terra limpa, pura e brilhante que não conhece a doença nem a morte. Inicialmente sem água, esta terra, transforma-se num jardim luxuriante com prados verdejantes e pomares carregados de árvores de fruto graças à intervenção de Enki, o deus sumério da água e da razão e de Utu o deus do Sol. Aí Ninmah (também Ninhursag), a deusa mãe, consegue fazer brotar oito plantas após um intrincado processo que envolve três gerações de deuses que ela própria deu à luz sem dor. Enki vem a comer essas plantas que são arrancadas e lhe são dadas por Isimud, deus de duas faces e mensageiro de Enlil, deus do ar e rei dos deuses sumérios. Então, Ninmah colérica pronuncia contra ele uma maldição de morte e desaparece. Enki adoece e os deuses reúnem-se para tentar resolver a situação. No impasse a raposa oferece-se para trazer Ninmah de volta em troca de uma adequada recompensa. Há um passo da história que está destruído e fica-se sem saber como a raposa consegue realizar a proeza mas Ninmah regressa e depois de perguntar a Enki quais os oito órgãos do seu corpo que lhe doem, cria oito divindades com poderes curativos. Assim Enki é restituído à vida. Ora uma dessas divindades é a deusa da costela já que uma das partes doentes do corpo de Enki era a costela. A deusa chamava-se Nin-Ti, correspondendo Nin a senhora e Ti a costela. Porém a palavra Ti podia também significar «criar vida» de forma que Nin –Ti significava também «senhora que cria a vida», tal como Eva, um jogo de palavras que poderá estar na origem da criação de Eva a partir de uma costela (porquê de uma costela?) de Adão (22).

Apenas

"Naturarte" e "Lápis de Carvão"
Comunicações aos colóquios em livros de cordel, publicados pela
Apenas Livros Lda.

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Jardins

Naturalismo

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Última Actualização:
29-Jun-2006




 

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29-Jun-2006