venda das raparigas . britiande . portugal . abertura: 2006

NO DIA DA MULHER
8 de Março de 2006

A HARPA DO DESEJO
de
MEDINA DE GOUVEIA

INDEX

DESCONCERTOS DO ETERNO FEMININO
MULHER SOFISTICADA
Quando me escorre a alma
LONGE!...

Quando me escorre a alma

Escorre-me a alma

Quando olho para o mundo:

A guerra, a morte,

Sempre a dor

A calar bem fundo!

Escorre-me a alma…

Quando olho para a infância:

Exploração, escravidão

Sempre o impudor

A alimentar a ganância!

Escorre-me a alma

Quando olho para a mulher:

Subjugada, violada

Sempre o preconceito

De quem a igualdade não quer!

Escorre-me a alma

Quando olho para a velhice:

O desprezo, a doença

Sempre o despeito

Quando se esquece a grandeza da meninice!

A alma

Inebria-se e cresce

- A minha e a do mundo -,

Quando, ao contrário,

Tudo floresce!

 
Página principal - Espirituais - Naturalismo - J. Eduardo Franco - Venda das Raparigas - Poesia - Letras