Direcção de Miguel de Carvalho

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE SURREALISMO ACTUAL
O Reverso do Olhar - Index

Documenta

Surrealismo ainda vive

Mostra em Coimbra é inaugurada hoje, na Casa da Cultura e no Museu Municipal / Edifício Chiado.

O objectivo prioritário é mostrar que o surrealismo está vivo, actual e que vive e cresce pelo Mundo inteiro. Denomina-se “Exposição Internacional de Surrealismo Actual/O Reverso do Olhar” e inaugura hoje, em Coimbra, em dois lugares distintos, Casa Municipal da Cultura e Museu Municipal - Edifício Chiado.

É a maior mostra de surrealismo realizada até agora em Coimbra, contando com a participação de 130 artistas que apresentam 320 obras, oriundos de 20 países.

Organizada pela Autarquia de Coimbra e pela editora “Debout Sur L’Oeuf” a mostra, como o próprio título indica (“Surrealismo actual”) pretende evidenciar a vivacidade do Surrealismo por esse Mundo fora.

Poderão ver-se obras na área da pintura, poesia, desenho, colagem, fotografia e objectos da autoria de criadores de Portugal, Chile, Espanha, Brasil, França, Canadá, Argentina, EUA, Holanda, República Checa, Cuba, Indonésia, África do Sul, Costa Rica, Inglaterra, Bélgica, República Dominicana, Suiça, Alemanha, Roménia e México.

Do nosso país, à excepção de Mário Cesariny (já falecido) e Cruzeiro Seixas, considerados os maiores nomes do surrealismo português, que não participam, podem encontrar-se trabalhos de artistas também significativos, como Eurico, Fernando Lemos, Raul Perez, Carlos Silva, Miguel de Carvalho, Santiago Ribeiro, Alfredo Luz, Carlos Martins e Pedro Medeiros.

No caso de Cesariny, compreende-se a ausência, uma vez que a organização optou por mostrar apenas obras de artistas vivos, no entanto é assinalável a falta de Cruzeiro Seixas, apesar de estar actualmente a realizar uma exposição individual em Torres Novas.

Para Miguel de Carvalho, artista e comissário desta exposição, “O Reverso do Olhar quer essencialmente mostrar que as células do surrealismo estão activas e a trabalhar e, por outro lado, contrariar a ideia de que o surrealismo morreu depois de André Breton.”. O presente conjunto, significativo, de obras surrealistas vêm na realidade atestar e passar uma espécie de certificado de vivacidade ao movimento surrealista mundial, neste caso, agora bastante activo, na cidade de Coimbra.

Segundo escreve no catálogo que acompanhará a mostra, Mário Nunes, vereador da Cultura da Câmara de Coimbra, o objectivo é também “divulgar ao público de Coimbra, ao nacional e internacional, um conjunto de valores surrealistas que demonstrar a autenticidade e grandeza deste movimento nascido em França na década de 20 do século XX, e que se derramou, gradualmente, pelo Mundo.”

A mostra é inaugurada hoje, às 16 horas, na Casa da Cultura e às 17.30 h no Museu Municipal – Edifício Chiado, podendo ser vista até ao dia 28 de Junho.

 

Jornal de Notícias, 3 de Maio de 2008
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