MARIA ESTELA GUEDES
A poesia na óptica da Óptica
Carlos de Oliveira, o microscopista
Elegia de Coimbra

Gela a lua de março nos telhados
e à luz adormecida
choram as casas e os homens
nas colinas da vida.

Correm as lágrimas ao rio,
a esse vale das dores passadas,
mas choram as paredes e as almas
outras dores que não foram perdoadas.

Aos que virão depois de mim
caiba outra sorte em herança:
o oiro depositado
nas margens da lembrança.

In: Mãe pobre

Página principal - Cibercultura - Naturalismo - Jardins - Poesia - Cor - A Poesia na óptica da Óptica