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PASSEIO DAS MOURAS

A profetiza da Granja do Tedo
Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira

Ferreira, Maria F. S. e. M. - "A profetiza da Granja do Tedo. Notas breves sobre uma pesquisa", Trabalho apresentado em V Encontro de Cultura Tradicional da Beira, Viseu, 1998

Desde o século passado que o chamado "cisma" da Granja do Tedo desperta uma discreta mas persistente curiosidade. Esta curiosidade tem-se traduzido no aparecimento, mais ou menos regular, em livros, jornais e revistas de narrativas da história do movimento religioso de cariz messiânico que, aproximadamente entre 1840 e 1847, se manifestou naquela pequena aldeia do concelho de Tabuaço.

Duas razões principais parecem estar ligadas à reactualização deste interesse. Por um lado, o carácter propriamente "exótico" de que o movimento se revestiu e, por outro lado, a existência de uma obra pouco difundida que desde o século passado o fixou para a posteridade e que é regularmente descoberta por curiosos e estudiosos. Refiro-me naturalmente ao livro que Pinho Leal e o Abade de Miragaia escreveram sob pseudónimo e que se intitula Maria Coroada ou o cisma da Granja do Tedo e que foi publicado em 1879.

O meu interesse pessoal pelo tema não tem aliás outra origem. Na realidade, se já no distante ano de 1982 iniciei uma pesquisa sobre a profetiza da Granja do Tedo, que conduziu à elaboração de um pequeno artigo publicado no ano seguinte na revista Ler História, foi porque nesse ano tinha chegado por assim dizer a minha vez de "descobrir" a obra em questão.

É certo que procurei não me limitar a relatar o episódio como se de uma mera curiosidade local se tratasse e que tentei dar-lhe um enquadramento pertinente do ponto de vista historiográfico, interpretando-o como uma figura do "excepcional normal" cara à historiografia italiana que se começava a conhecer em Portugal no início dos anos 80, graças fundamentalmente à obra magistral de Carlo Guinsberg O queijo e os vermes.

É preciso dizer, no entanto, que do ponto de vista das fontes utilizadas não progredi muito. Embora tenha feito algumas descobertas curiosas nos livros de registos paroquiais da freguesia e, apesar de ter conduzido um inquérito oral na Granja do Tedo com resultados invulgarmente interessantes, a fonte principal de que me socorri foi também a obra de Pinho Leal e do Abade de Miragaia.

Será que para progredir mais no estudo do «cisma» da Granja do Tedo se torna necessário ter acesso a uma nova documentação? Sim e não.

"A priori" pode estabelecer-se como válido que o acesso a uma nova documentação será sempre enriquecedor. Mas é preciso ter consciência de que, a menos que se encontrem os "Livros Sagrados" contendo as profecias de Maria Coroada, a fonte priveligiada para o estudo do movimento da Granja do Tedo será sempre a referida obra que parcialmente os transcreve.

Sem acesso a uma nova documentação, a análise que me proponho levar a cabo hoje resulta apenas de uma breve reflexão sobre a pesquisa que realizei há 15 anos, cruzada com a maturação de alguns tópicos relacionados com a história da cultura popular.

Antes de dar conta deste percurso, convém no entanto relembrar alguns factos conhecidos.

Freguesia do concelho de Tabuaço desde 1855, tendo pertencido anteriormente ao concelho de S. Cosmado integrado na comarca de Armamar, distrito de Viseu, bispado de Lamego, a Granja do Tedo que, segundo um recenseamento, de 1828, possuía 106 fogos e 380 indivíduos, gozou até 1836 das liberdades municipais inerentes ao estatuto de concelho.

O facto explicará porventura a relativa proeminência de que terá gozado e que parece poder deduzir-se da presença de um mestre-régio de primeiras letras no local, pelo menos desde os anos 30 do século passado.

É precisamente no seio da família do mestre-régio que se constitui o movimento messiânico que aqui nos ocupa. Assim, uma das suas filhas apresentar-se-á desde o fim dos anos 30 princípios dos anos 40 como um novo Messias incumbido de regenerar a humanidade.

Através de um sincretismo político-religioso bem característico, o movimento manifestar-se-á como uma utopia social que inclui a proposta de estabelecimento de uma sociedade alternativa e perfeita donde seriam banidas todas as injustiças.

Por facilidade de exposição, procurarei caracterizá-lo fazendo a distinção entre as crenças religiosas, as práticas rituais e o conteúdo da mensagem político-social.

Do ponto de vista das crenças, há que destacar em primeiro lugar o modo como a empresa messiânica da profetiza era apresentada nos seus sermões:

"O primeiro paraíso foi o do nosso pai Adão e da Primeira Eva mas durou pouco tempo.

Estando muito estragada a humanidade, Deus a sepultou nas águas do deluvio deixando apenas o varão justo, Noé, para a continuar; mas continuando as prevaricações mandou Deus a Christo com a Virgem que foi a Segunda Eva e muito fizeram para converter a humanidade pecadora mas deixaram a obra por acabar e por isso Deus me escolheu para Terceira Eva a fim de completar a obra da redempção e fazer voltar a humanidade à pureza e inocência de Adão antes da culpa."

A esta dimensão milenarista e messiânica, junta-se a formulação de uma estranha cosmogonia inspirada, é certo, na cosmogonia católica, mas mantendo em relação a ela consideráveis distâncias. Vejamos alguns exemplos:

"Deus fez o mundo do nada e primeiramente fez o nada. Do nada formou a falla - da falla fez a sciencia - da sciencia fez a sabedoria - da sabedoria fez a doçura com que ela se havia de sustentar e a Virgem, - e da doçura fez o maná de que se sustentam os anjos no céu.

Depois formou a fé porque sem ella não podia formar o ceu. Depois formou a esperança porque também sem a esperança não podia formar o ceu.

E depois formou a caridade que vale tanto como a fé e a esperança reunidas.

Depois formou a concha que abriu em duas; - a do lado direito tinha o amor perfeito, - e do lado esquerdo uma açucena que era a Virgem.

Eis aqui os dous grandes mysterios.

O amor perfeito cresceu e botou uma lagrima que cahiu como o orvalho e formou o olho da Divina Providencia.

E o olho da Divina Providencia formou o Espírito Santo.

E o Espírito Santo com o seu Divino Poder formou o Divino Padre Eterno.

E o divino Padre Eterno com ò seu poder formou o mundo com tudo o que n'elle se vê, - em seis dias, mas seis da divindade que são seis anos dos nossos .

E Deus formou Adão do coração da terra e lhe deu espírito, anjo e alma - o Espírito é o bafo, a alma é a saliva - e o anjo é a cruz que recebe com o baptismo" (...) .

Tal como a cosmogonia pregada pela profetiza, nos rituais do movimento conjugam-se influências cristãs e católicas com práticas de difícil identificação.

Mais do que na cosmogonia, essas práticas parecem ser muitas vezes uma paródia dos rituais católicos.

De notar primeiramente o papel central desempenhado pela casa da profetiza. Lugar privilegiado que é aliás visto como um cometimento divino. De facto, segundo Maria Coroada, a sua casa seria "a nova arca da Aliança" donde haveria de sair "a luz do novo mundo".

Espaço de representação da transformação do mundo, a casa tinha diferentes espaços atribuídos a este fim: a sala principal era o lugar onde decorriam todas as cerimónias religiosas e uma outra sala, onde estava pintado o rio Jordão, um local de iniciação onde os adeptos eram baptizados.

Na sala principal era oficiada a missa com os ouvintes voltados de costas para o oficiante e a comunhão ministrada sob a forma de gomos de laranja. Orações como o Pai-Nosso, a Avé-Maria e as ladainhas eram mantidas, mas o seu conteúdo transformado. No caso das ladainhas, por exemplo, a invocação dos nomes dos santos era substituída pela invocação de nomes de plantas.

A música e a dança acompanhavam todos os rituais do movimento. As autoridades que o reprimiram acusaram ainda os seus adeptos de se entregarem a práticas imorais, nomeadamente ao nudismo.

Maria Coroada chamou também a si o ministério de outros sacramentos. O casamento e o baptismo eram oficiados por ela e, tudo indica que, durante os anos que o movimento durou, ela tenha realmente destronado o padre da freguesia nas suas actividades paroquiais.

Uma das acusações que contra ela proferiram Pinho Leal e o Abade de Miragaia tem a ver com o facto de se ter permitido anular muitos casamentos canónicos celebrados, instituindo novas alianças matrimoniais. Esta "desordem nas famílias" teria atingido também a sua própria.

Descritos sinteticamente as crenças e rituais do movimento, resta-nos agora caracterizar o conteúdo da sua mensagem político-social. Se pensarmos nos numerosos exemplos de movimentos messiânicos medievais, modernos e contemporâneos, a existência duma mensagem deste tipo não constitui surpresa. De realçar, porém, porque parece ser menos habitual, pelo menos na época contemporânea, o facto de o movimento ter expressado uma mensagem político-social progressiva que nunca em nenhum momento se confunde com a defesa de referências tradicionais ou com qualquer forma de idealização do passado.

De facto, a crítica às hierarquias sociais tradicionais e à própria monarquia são contundentes:

"A raiz vale mais do que o tronco e do que os ramos da árvore. E o ramo da árvore é o rei, - o tronco são os fidalgos e a raiz é o povo. Logo o povo é mais que o rei" .

A crítica do poder monárquico atingirá aspectos mais radicais ao admitir-se que o rei podia ser substituído por um rei saído do povo.

"Os filhos dos reis sâo filhos de árvores venenosas" pregava Maria Coroada, acrescentando ainda: "o rei que seja despótico e indolente é mau rei será tido e castigado como ladrão porque não custou mais a Deus o rei que outro qualquer ladrão.

E será despedido do trono para nunca mais poder sentar-se nele nem ele nem pessoa alguma da sua família .

E será escolhido novo rei tirado do povo e deverá ser artista".

Artistas eram aliás também os próprios membros da família Custódio, santeiros e fabricantes de instrumentos musicais, o que, para além da condição de mestre-régio do pai, os distinguia dentro da comunidade.

Sucessivamente, a crítica ao poder e à sociedade instituída atingirá os monarcas, os fidalgos, os negociantes e as ordens religiosas, sobretudo as femininas. Mas este radicalismo não supõe uma adesão incondicional ao ideário liberal e burguês. Seguramente ele elabora-se por vias diversas. Significativamente, os pedreiros-livres associados aos fidalgos e aos protestantes são vistos como demónios:

"Já no Sarzêdo lutei desde as 6 horas da manhã até às 10 horas da noite com Lucifer e com um batalhão de demónios de pedreiros-livres, mas venci-os a todos e Lucifer ficou sendo meu escravo. Só fidalgos bem conhecidos eram 27".

Ilustração da forma como a crítica radical da sociedade vigente era no entanto pensada em moldes tradicionais é a utilização nessa crítica do tópico do "mundo ao contrário". A integração dos comerciantes no novo mundo que Maria Coroada julgava ter sido chamada a fundar é a esse respeito esclarecedora:

"E os negociantes comprarão bestas e serão arrieiros e almocreves. E os almocreves que até agora foram os seus escravos ficam absolutos e forros e os negociantes captivos".

Propondo a construção de um novo templo dedicado ao Senhor da Pedra, dizia Maria Coroada:

"Os trabalhadores serão os carniceiros para penitência e desconto dos seus pecados pelo que tiverem roubado no peso. E os carniceiros todos deixarão o seu ofício pela enxada e picão e as rezes serão mortas pelos lavradores que as crearem e o povo comprará a carne em dia determinado em cada semana e salgue-a para chegar ao fím da semana sem se estragar" .

Os serviços dos moleiros, essenciais para a comunidade, deveriam passar a ser prestados gratuitamente:

"E os moleiros também como penitência e para desconto dos seus pecados pelo muito que roubam nas maquias farão uma levada e um moinho em termos de moer e moerão de graça o pão daquella freguesia. E quando o moinho se arruine o pároco o acrescentará por meio de uma subscrição" .

Os párocos escapam curiosamente às vivas críticas de que são alvo outros grupos de religiosos e nomeadamente as freiras. Destas dizia a profetiza:

"As freiras já não se lembram que disseram adeus ao imundo quando professaram e se metteram em um esquife. Não querem saber de sua regra nem dos seus votos, comettem muitos erros e muitos pecados (...). Sairão pois as freiras dos conventos e irão como mestras-régias ensinar de graça meninas de 3 até 9 anos."

A preconização do ensino feminino gratuito constitui um dos múltiplos aspectos em que no discurso do movimento se valoriza a imagem da mulher.

As pregações de Maria Coroada revelam ainda uma preocupação fundamental com os desvalidos da sociedade, os pobres, os inválidos, os velhos, os órfãos e as viúvas.

O relevo que é dado a esta questão parece indicar a crise de assistência pública resultante da extinção recente das ordens religiosas. À sua resolução se liga o essencial das propostas utópicas do movimento.

Neste sentido, preconiza-se a edificação duma espécie de asilos, primeiro custeados pelos membros de direito da Comunidade que são os lavradores e, mais tarde, auto-subsistentes. A fundação destes estabelecimentos iria permitir ainda aos lavradores expiarem o único crime que lhes era atribuível; o crime de "tirar marcos":

"Se fizestes algum roubo ou tirastes marcos de noite restituí e ponde os marcos no seu lugar. E medi e avaliae o rendimento da terra que não era vossa e com esse dinheiro fundae um asylo para homens inválidos e pobres o outro para mulheres igualmente inválidas e pobres. Será esse o novo mundo e o verdadeiro paraíso terreal."

No espaço limitado formado pelas comunidades dos deserdados esboça-se uma imagem ideal de toda a sociedade; nela a auto-subsistência é fundamental:

"E para reformardes a criação do novo mundo comprae uma ovelhinha ou duas - uma porquinha ou duas - uma jumenta ou duas - uma cabra ou duas - uma égua ou duas - uma vaca ou duas.

E os velhinhos irão fazendo o muro (do asilo) de seu vagar e os animais dando criação

- as ovelhas darão a roupa e os bois acarretarão a pedra e as madeiras.

E plantareis dentro da cerca 300 oliveiras (...) por dentro das oliveiras 300 castanheiros

- depois uma vinha, depois 50 laranjeiras, - depois 50 pereiras c 50 macieiras - depois 50 sobreiros e uma rasa de pinhões bravos para lenha e meia-rasa de pinhões mansos para madeira.

E semeareis centeio, milho, trigo e cevada para sustento dos asylados podendo vender o restante mas pagando a dízima de 1- 10 a Christo e de 5-1 à Terceira Eva."

Como escrevi há 15 anos, apesar de não constituir certamente um exemplo estatisticamente significativo da evolução da consciência popular da época, e representando muito provavelmente um caso limite, o movimento da Granja do Tedo revela-se um terreno particularmente fecundo para a análise dos mecanismos que presidem à sua formação, permitindo destacar o dinamismo dos processos de circulação ideológica e cultural entre grupos sociais diversos e entre distintos níveis de cultura.

Nesta medida, o problema da influência do livro trazido da cidade para a aldeia revela-se central. Não na perspectiva mais positivista que conduziria a uma impossível tentativa de identificação a todo o preço da obra em questão, mas na perspectiva do realce do impacto da cultura letrada e urbana sobre um universo predominantemente iletrado e camponês. Funcionando como mediadores privilegiados, os membros da família de José Custódio teriam sem dúvida desempenhado o papel de intermediários culturais neste intercâmbio.

Este aspecto das coisas, que me foi pouco sensível há 15 anos, torna não só importante conhecer a natureza da obra trazida da capital como o conteúdo de todas as outras leituras do mestre-régio José Custódio e da sua família.

Pequenos letrados com acesso à escrita e dedicando-se profissionalmente ao ensino, é de crer que o livro trazido de Lisboa não tenha sido a única obra literária a que a família de Maria Coroada teve acesso.

Tal como Carlo Guinsburg fez em relação ao moleiro de Friul, reconstituir o conjunto das obras lidas pela família de Maria Coroada seria, sem dúvida, uma chave decisiva para chegar à compreensão do seu universo mental.

Mas mesmo admitindo que as crenças e valores veiculados pelo movimento da Granja do Tedo tenham sido forjados em contacto com um universo literário mais vasto, é de supor que a influência do livro trazido da cidade tenha sido decisiva em termos da criação de condições para a ruptura que implica todo o discurso profético.

Um exemplo concludente do impacto de um livro vindo do exterior num universo predominantemente iletrado e camponês encontra-se, mais de 100 anos depois, nas formas de apropriação que foram feitas na aldeia da obra de Pinho Leal e do Abade de Miragaia que relata os acontecimentos de há um século atrás.

Na realidade, quando em 1982 conduzi um inquérito na aldeia sobre a memória do movimento, fui no início surpreendida pela sua inesperada vitalidade. Mais tarde vim porém a concluir que aquilo que eu tomara, num primeiro momento, pela persistência de uma memória oral mais não era do que o resultado da apropriação do livro de Pinho Leal e do Abade de Miragaia por parte de numerosos membros da comunidade. Na realidade, na Granja do Tedo circulavam várias cópias dactilografadas e manuscritas da obra em questão.

Longe de representar uma presença imemorial, o livro de Pinho Leal e do Abade de Miragaia fora aliás trazido há apenas alguns anos para a Granja do Tedo por urr emigrante no Brasil que o adquirira num alfarrabista em França. Apesar desta presença recente, as histórias narradas pelos autores citados, tanto sobre a fundação mítica da aldeia pelo cavaleiro D. Thedon como sobre a profetiza Maria Coroada, tinham sido apropriadas pela comunidade e constituíam, aparentemente, um importante factor de identidade local.

Ainda que tenha que ser transposta para um outro cenário, é de crer que esta pequena história contenha bastantes elementos de elucidaçãc das formas de apropriação local do livro trazido no século passado de Lisboa para a Granja do Tedo.

Nos dois casos estamos perante obras vindas do exterior e de difusão recente, nos dois casos estamos perante formas rápidas de apropriação dos respectivos conteúdos e nos dois casos encontramo-nos também diante de fenómenos de grande valorização simbólica da palavra escrita.

Pequeno episódio na história da difusão do livro e da leitura em sociedades rurais predominantemente iletradas, a história da recepção feita na Granja do Tedo ao livro trazido de Lisboa na primeira metade do século XIX e ao livro trazido de França na segunda metade deste século testemunha em favor de uma vitalidade cultural e de uma abertura ao exterior que não esperaríamos encontrar numa remota aldeia da margem esquerda do Douro.

Em conjunto, estas características permitem realçar o dinamismo da interacção entre cultura escrita e cultura oral, perspectiva que, ao contrário do que é habitual considerar, se deve ter por central na abordagem das culturas populares e rurais em sociedades como as nossas, há tantos séculos trabalhadas pela ilimitada capacidade de reprodução da escrita que a imprensa permite.

INICIATIVA E ORGANIZAÇÃO:
Associação Juvenil de Britiande
Paróquia de Britiande
Triplov

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